De onde saiu uma joia rara, podem existir outras. Pensamento do Real Madrid que contratou um brasileiro de oito anos de idade. O efeito Casemiro no gigante espanhol. Foi por inspiração no futebol apresentado pelo ex-volante do São Paulo que o atual tricampeão da Liga dos Campeões da Europa, resolveu mudar sua estratégia de contratação de brasileiros. Antes, eles levavam estrelas já consagradas como Ronaldo Fenômeno e Roberto Carlos, por exemplo.
Agora, os exemplos são claros de que o investimento segue no nosso mercado produtor de craques, mas com uma filosofia bem diferente. Um dos casos do que estamos tratando é o atacante Vinicius Junior que custou 45 milhões de euros e foi contratado do Flamengo antes de fazer 18 anos de idade. Hoje, a pressão na Espanha é para que o brasileiro possa já jogar no time de cima. Mas eles não tem pressa, são calculistas, frios e cirúrgicos. Esperam o momento certo. Esse negócio de “queimar etapas” não é com eles, mas com a gente.
Vinicius Junior está longe de ser um investimento único em jogadores precoces. O atacante Rodrygo, uma estrela do Santos, tem 17 anos, e já foi contratado. Deixará a equipe da Vila Belmiro apenas em 2019, também para fazer parte do elenco madrilenho.
O meia Augusto Galván rendeu ao São Paulo cerca de 10 milhões de reais. Já deixou o Centro de Treinamento em Cotia e atua na base do Real Madrid.
No mundial sub-17 realizado na Espanha, ano passado, o Palmeiras teve um atleta que se destacou. O atacante Rodrigo “Farofa”, hoje, já está no sub-20 do gigante espanhol.
Um garoto que nasceu em Goiânia em 2010, isso mesmo, há apenas oito anos, defende a base do real Madrid. Miguel Coppede já está até no site oficial do Real. Ele morava na Espanha, para onde seus pais se mudaram, jogava em um time pequeno do país e acabou sendo contratado.
Se Vinícius Junior, Rodrygo, Augusto, Rodrigo “Farofa” ou mesmo o precoce Miguel, conseguirem repetir o sucesso de Casemiro, o Real Madrid estará a cada dia mais focado no futebol brasileiro. E tem time no Brasil que acha certo desvalorizar as categorias de base, pelo alto investimento e baixo retorno (sic). Será mesmo que o Real está errado? Bom para que possamos refletir. E quem sabe, aprender.