Tite voltou dos Estados Unidos, onde acompanhou uma série de amistosos de times europeus em pré-temporada na América. Passou dois dias conversando com Rogério Micale e o time olímpico se apresentou de forma diferente.
Com Renato Augusto e Wallace atuando lado a lado como volantes, a Seleção Olímpica ficou mais protegida na defesa. E ambos apareceram bem como elementos surpresa no ataque, quando o Brasil tinha a posse de bola.
Gabigol, Luan e Gabriel Jesus formaram uma linha de três à frente dos volantes, ajudando na marcação e deixando o meio mais povoado, mais compacto e veloz na transição para o ataque. Neymar atuou com liberdade na frente. Mas o novo sistema só passou a dar certo depois do time fazer o primeiro gol na Rio 2016 e tirar o enorme peso das costas… Os nervos foram controlados. A torcida que lotou a Fonte Nova, mas estava meio calada, passou a apoiar mais, e o time deslanchou.
Gabriel foi o nome do gol no primeiro tempo. Gabigol fez 1 a 0 aproveitando cruzamento da esquerda. Gabriel Jesus, concluindo com brilhantismo um cruzamento da direita, ampliou a vantagem brasileira. Os 2 a 0 do primeiro tempo obrigaram os dinamarqueses a saírem mais para o jogo no segundo. Afinal, com esse resultado, se houvesse um vencedor no jogo entre África do Sul e Iraque, voltariam para a Europa.
Com mais espaço, mais facilidade… O lado esquerdo do ataque brasileiro foi o mapa da mina. Por ali saíram mais dois gols, com Luan e, de novo, Gabigol. Goleada de 4 a 0 que valeu o primeiro lugar do grupo. Apesar de goleados, os dinamarqueses seguem na competição, porque África do Sul e Iraque empataram em 1 a 1, na Arena Corinthians, e morreram abraçados.
Após o triunfo, todo mundo estava disposto a falar. Gabigol disse que a vitória não representou um alívio porque a Seleção jogou muito bem nos dois primeiros jogos. “A bola é que não entrou”. Hare Babba! Bastou uma vitória para a soberba voltar, como se o Brasil ainda tivesse o melhor futebol do mundo… Neymar, mancando e tudo, dessa vez quis aparecer nas entrevistas. Na hora boa, ele não falta nunca! Vamos ver contra a Colômbia, no sábado, na Arena Corinthians, como a seleção vai se comportar.
Agora é tudo ou nada. Vencer ou, mais uma vez, adiar o sonho da conquista da medalha de ouro.