Não sei direito o que tá rolando. Acabou o Pan. Ando meio perdida. Ficou tudo meio vazio: na TV e em mim. Sensação de ressaca, como dizem. Sensação de solidão. Só sobrou notícia e aqueles desdobramentos. E os VTs, claro. Nem quero saber. É nostálgico. Voltar no tempo sempre dói.
Tem uma Supercopa da UEFA ali, um ATP de tênis aqui, uma Copa do Brasil lá, Daniel Alves no BID presente, Balotelli pensando no futuro e “aquele menino” que não sai do passado.
Mas eu tô nessa de viver o meio-tempo, no meio do ano, no meio do mês, o meio-de-campo, o dia todo, intensamente.
O que acontece é que, depois de 17 dias de Jogos Pan-Americanos, nada tá bastando. A notícia já vem fria. Os panos já chegam quentes. Literalmente, tá frio num dia, calor no outro. Nem o clima tá sabendo qual o jogo da temporada.
Nem vôlei pra salvar minha alegria. Fico só na fotografia.
E tô tão por fora da programação que mais pareço bola murcha ― literal, também.
Tá bom. Talvez nem tanto. Mas só dou bola fora, isso sim. Ansiedade é tanta (latente e adquirida pra retomar os velhos e os novos eventos esportivos, ora, bolas) que tropeço nas pessoas. Ansiedade é isso: tropeçar nas pessoas.
Que pisada de bola, garota! Sai desse celular, desse notebook, dessa TV e vai praticar um esporte, manja? Pelo menos, se tropeçar, vai poder dar risada (e fazer mais gente rir!) ― e rir faz um bem danado! Manja?