Esportes equestres nas olimpíadas

Estamos às vésperas das Olimpíadas de Paris e os esportes equestres têm lugar cativo com suas modalidades de salto (show-jumping), adestramento (dressage) e CCE (eventing), todas elas com disputas individuais e por equipes. A competição de saltos foi introduzida nos jogos de Paris em 1900, apenas no formato individual. Logo em 1912 as demais modalidades foram inseridas no programa olímpico, sendo a última introdução em 1928, o adestramento por equipes.

Os cavalos são parte mais do que importante no desenvolvimento da civilização humana e, não à toa, as competições equestres estiveram presentes nas Olímpiadas antigas, com relatos acerca de concursos que remontam a mais de 500 anos AC. Outro fator relevante no que tange às competições equestres é o fato de homens e mulheres, cavalos e éguas, disputarem em igualdade de condições, entre si. Em 1952, nos Jogos de Helsinque, na Finlândia, uma mulher dinamarquesa conquistou a primeira medalha, no adestramento, e de prata. Já em Munique, em 1972, uma alemã obteve o primeiro ouro em modalidade equestre, também no adestramento.

Naquele ano, mais de metade dos competidores no dressage eram mulheres. A Princesa Anne, do Reino Unido, competiu no CCE em 1976, em Montreal, por exemplo, 12 anos depois de uma primeira mulher participar nesta modalidade, considerada a mais difícil e arriscada, especialmente pelo cross-country, corrida contra o tempo com obstáculos naturais. De maneira simples, temos que o salto é a modalidade mais conhecida, onde os conjuntos percorrem a pista saltando obstáculos verticais, valendo também o tempo do percurso como fator de desempate.

O adestramento vem a ser a exibição do conjunto ao som de música, fazendo movimentos ritmados mediante jurados que dão notas pela precisão e beleza. Já o CCE reúne adestramento, salto e o cross-country, uma verdadeira corrida contra o tempo em percurso que mimetiza condições da natureza, como troncos e barrancos, poças d’água, aclives e declives. Os cavaleiros e amazonas são necessariamente representantes dos países respectivos. Já os cavalos e éguas não precisam ter a mesma nacionalidade, sendo natural cavalos belgas, franceses, alemães serem utilizados pelas equipes de muitos outros países.

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O Brasil participará nas 3 modalidades e tem maiores chances de medalha no salto, seja individual, seja por equipe, com Yuri Mansur e Rodrigo Pessoa destacando-se entre os selecionados. A idade dos competidores é também um fator que diferencia as modalidades equestres das demais. Não há limite e Rodrigo Pessoa, por exemplo, irá participar de sua oitava edição de jogos olímpicos.

Nesta coluna iremos acompanhar o desempenho dos atletas brasileiros em Paris. Aqui também abordaremos outro esporte equestre, porém não olímpico, que é o turfe, ou simplesmente corrida de cavalos. Modalidade das mais antigas, é disputada por cavalos da raça puro sangue inglês, formada a partir das Cruzadas, quando garanhões árabes, mais ágeis, foram capturados e cobriram as pesadas éguas escocesas e espanholas, dando origem aos animais que conseguem permanecer em velocidade alta duramente mais tempo em toda a natureza. Um cavalo de corrida consegue correr até quatro quilômetros num ritmo acelerado, beirando os 60 km/h e, a galope pleno, praticamente flutuam quando as quatro patas se juntam no ar.

No Brasil, o turfe tem espaço nas cidades de São Paulo (corridas todos os sábados), no Rio de Janeiro (corridas domingos, segundas e terças), Porto Alegre (corrida às quintas-feiras) e Curitiba (corridas aos domingos), além de outros hipódromos menores, com corridas em Goiás, Pernambuco e Ceará, além do interior do Rio Grande do Sul, com muitas canchas retas. Também por aqui falaremos do turfe nacional e internacional.

Até a próxima.

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