Existe um padrão de Doenças Mentais na minha família, seria só genética?

Existe um padrão de Doenças Mentais na minha família, seria só genética?
Créditos: Prefeitura do Paulista

Nas constelações sistêmicas familiares percebemos um padrão repetitivo nas famílias, e este aspecto é essencial para entender as doenças mentais. Esses conceitos estão interligados e mostram como traumas e dinâmicas familiares possam afetar a saúde mental de uma pessoa.

Padrões Repetitivos

Padrões repetitivos se referem a comportamentos, emoções ou situações que ocorrem repetidamente na vida de um indivíduo, muitas vezes sem que ele tenha consciência disso.

Esses padrões podem ser resultantes de experiências passadas, como traumas, e costumam se manifestar em relacionamentos, escolhas de vida e até na saúde física.

Por exemplo, alguém que cresceu em um ambiente instável pode acabar repetindo comportamentos de autossabotagem ou escolhendo parceiros que refletem essa instabilidade.

Esses padrões são influenciados por fatores genéticos, ambientais e psicológicos.

A repetição pode se manifestar em várias áreas, como na escolha de carreiras que remetem a experiências familiares não resolvidas ou na dificuldade em estabelecer relações saudáveis.

Muitas vezes, a pessoa não percebe essas dinâmicas, o que pode levar a ciclos contínuos de sofrimento.

Constelações Sistêmicas Familiares

As constelações sistêmicas familiares, criadas por Bert Hellinger, sugerem que as relações familiares têm uma dinâmica própria que impacta o comportamento e o bem-estar emocional dos indivíduos.

Essa abordagem terapêutica busca expor lealdades ocultas e padrões familiares que podem estar contribuindo para o desajuste psíquico.

Por meio das constelações, questões não resolvidas, como traumas e conflitos, podem ser trazidas à luz e compreendidas.

Esse processo ajuda os indivíduos a se conscientizarem de suas dinâmicas familiares.

Por exemplo, uma pessoa pode descobrir que sua ansiedade está ligada a um trauma de um antepassado, algo que nunca foi discutido na família. Ao identificar essas conexões, é possível romper ciclos de repetição que prejudicam a saúde mental.

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Vemos um padrão, onde o sofrimento emocional, a depressão e a ansiedade podem ser exacerbados por lealdades invisíveis e comportamentos arraigados.

Percebemos que algumas pessoas que cresceram em famílias onde a expressão de emoções era desencorajada podem desenvolver transtornos de ansiedade ou depressão, mas não é uma receita de bolo. Cada família tem sua dinâmica, e reverberam situações diferentes de outras famílias.

Esses padrões podem ser tanto conscientes quanto inconscientes, dificultando a busca por ajuda ou a adoção de comportamentos saudáveis.

A terapia familiar, acompanhamento médico  e as constelações oferecem insights valiosos, ajudando os indivíduos a reconhecer e modificar esses padrões prejudiciais.

Além disso, compreender essas dinâmicas é crucial para o tratamento de doenças mentais. Profissionais de saúde que consideram a história familiar e os padrões repetitivos podem adotar uma abordagem mais abrangente e eficaz. Ao focar não apenas nos sintomas, mas também nas raízes familiares que os sustentam, é possível promover uma recuperação mais significativa e duradoura.

A interrelação entre padrões repetitivos e doenças mentais é complexa e profunda. Compreender essa conexão pode facilitar o diagnóstico e tratamento de doenças mentais, além de abrir portas para uma cura mais integrada e consciente. A conscientização e a exploração desses padrões oferecem oportunidades valiosas para a transformação pessoal e familiar, promovendo um melhor bem-estar psicológico e emocional.

Esteja sempre sendo acompanhado por um médico e um psicólogo. As constelações poderão ser a tríade que faltava neste tratamento.

Até mais,

Luciana Boucault

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