Ninguém morre por amor

Hoje em Portugal, um dia comum e frio. Estamos em pleno inverno, onde os dias são cinzentos e úmidos.
As noites são atreladas a lareira das casas, principalmente ao local que me encontro, bem ao pé da Serra da Estrela.
Neste contexto me deparo com uma mensagem, estilo “meme”, que dizia o seguinte:
” Vendo caixão novo, nunca usado. Achei que morreria de amor, mas acabou a palhaçada”.
Num primeiro momento, uma piada ao estilo brasileiro, mas ácido! Rir da própria tristeza tem seu valor, mas lá no fundo mostra o quanto depositamos nossa vida nas mãos de outros que nem sabem o que fazer com a própria vida.
Quando olhei para esta postagem me lembrei da história de Romeu e Julieta.
E que fique gravado a minha opinião:
Ninguém morre por amar.

MORREMOS POR NÃO NOS AMAR!!!

Vamos relembrar a história e analisar de que forma Romeu e Julieta poderiam ter um novo final nos dias de hoje, se tivessem conhecido as Constelações sistêmicas Familiares.

Sob um céu pontilhado de estrelas, numa noite em Verona, dois jovens se encontraram e se apaixonaram profundamente, desafiando o ódio entre suas famílias. A história de Romeu e Julieta é, sem dúvida, um conto atemporal de amor e tragédia, mas também carrega lições valiosas sobre as lealdades invisíveis que herdamos de nossos antepassados.

Julieta, uma jovem Capuleto, de olhos brilhantes e coração puro, encontrou em Romeu, um Montéquio, um espírito semelhante.
Em meio ao ódio entre suas famílias, eles descobriram um amor que  trouxe uma união secreta, abençoada por Frei Lourenço, foi a saída, em um mundo dominado pelo rancor.
Romeu após um duelo fatal, fica em exílio.  Separados, sua chama de amor apenas cresceu, iluminando um caminho de esperanças e sonhos. Julieta, em um ato de desespero, aceitou uma poção que simulava sua morte, planejando se reunir com Romeu. Porém, o destino tinha outros planos.
Ao retornar a Verona e encontrar Julieta aparentemente sem vida, Romeu, em desespero, decidiu unir-se a ela na morte. Ao acordar, Julieta encontrou Romeu morto ao seu lado e, com um coração devastado, perfurou seu próprio peito. Suas mortes trouxeram à tona a futilidade do ódio entre as famílias Capuleto e Montéquio, resultando em uma trégua tardia.
A pergunta: morreram por amar?
Na minha opinião, não….
Ele morre por tomar um veneno após um choque irracional de realidade falsa, e ela morre cometendo suicídio também após um choque irracional de uma realidade falsa. Meio duro digerir isso? Talvez…
Mas é libertador.
Qual foi a causa da morte, senão o amor?
– Lealdades Invisíveis aos seus clãs.
Nos dias de hoje, muitas pessoas ainda se veem presas a lealdades invisíveis, como Romeu e Julieta. Essas lealdades, transmitidas de geração em geração, podem influenciar nossos comportamentos, escolhas e relacionamentos. Bert Hellinger, através das constelações familiares, nos mostrou que é possível romper com esses padrões herdados.
Ao reconhecer e honrar as histórias de nossos antepassados, podemos liberar os pesos emocionais que carregamos sem perceber. O processo envolve olhar para as dinâmicas familiares com um novo olhar, identificando padrões e buscando reconciliação.
Isso pode incluir conflitos não resolvidos, expectativas familiares e traumas passados. Ao trazer essas dinâmicas à consciência, podemos tomar decisões mais livres e autênticas.
No caso de Romeu e Julieta, se tivessem tido a oportunidade de participar de uma constelação familiar, talvez tivessem compreendido a profundidade das lealdades invisíveis que os cercavam. Poderiam ter encontrado formas de honrar suas famílias sem sacrificar seu amor, e se verem envolvidos nas falsas realidades que a mente insiste em nos apresentar.
Hoje, muitas pessoas encontram nas constelações familiares uma maneira de entender suas paixões e relacionamentos à luz dos padrões familiares.
Essa abordagem nos ajuda a viver de maneira mais plena, livres dos padrões dolorosos do passado, e a construir um futuro baseado em escolhas conscientes e no amor verdadeiro.
O amor por nós em cada detalhe bom ou não tão bom de nossas histórias. E assim amar o outro com tudo que isso represente.
Por mais amores!
Um beijinho Português neste momento!!
Até mais

Loading

Veja Também  O que nossas histórias têm em comum?

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens