A insegurança é um sentimento caracterizado pelo mal-estar generalizado, ansiedade ou nervosismo associado à percepção negativa de si mesmo.
A pessoa insegura se enxerga como inexperiente, inábil, vulnerável e fraca.
Ela acredita não ser capaz de encarar os desafios da vida com a cabeça erguida, recorrendo a mecanismos de defesa para mascarar a sua falta de segurança.
Essa autoimagem negativa acarreta muito sofrimento ao longo da vida. A pessoa insegura pode desistir de oportunidades bacanas ou de sonhos em virtude da insegurança.
Ela também pode encontrar dificuldades para formar laços de amizade, se destacar profissionalmente e ter um relacionamento sério.
Esse sentimento destruidor de autoestima não possui fundamento. Todas as pessoas possuem atributos fortes e fracos, performando com excelência em certos campos de atuação e faltando com habilidade em outros.
Em contrapartida, é interessante pensarmos que a insegurança é algo inerente ao ser humano e, quando em níveis normais, pode ser muito útil. Pois o ligeiro aumento no nível de ansiedade e a agitação fazem com que a pessoa automaticamente encontre meios e ferramentas para enfrentar a situação e seguir adiante
Portanto, nesse nível a insegurança e suas emoções decorrentes exercem um papel protetor.
O problema está quando a ansiedade e agitação decorrentes dessa insegurança são muito elevados a ponto de prejudicar a pessoa.
Vejamos um exemplo simples: imagine que uma pessoa foi incumbida pelo chefe para conduzir um importante projeto na empresa, sendo uma grande oportunidade para aquela pessoa aumentar sua exposição e mostrar seu trabalho.
Ela tem potencial técnico para executar a tarefa, porém sente-se demasiadamente insegura ao ponto de que sua ansiedade subiu para níveis muito superiores, fazendo com que ela não se sinta capaz de executar a tarefa.
O medo acaba tomando conta e a pessoa não consegue raciocinar para fazer um bom trabalho. Ou seja, a insegurança excessiva acabou atrapalhando a vida daquela pessoa.
Pessoas inseguras convivem lado a lado com o medo. Medo intenso de falhar e de não corresponder às expectativas dos outros, seja do parceiro, do pai, do chefe ou de qualquer outra pessoa.
A insegurança emocional é definida como uma sensação de desconforto que é desencadeada por acreditar ser inútil, não amado ou não bom o suficiente.
A insegurança emocional é o fator principal em uma grande parte de transtornos mentais, como o transtorno de personalidade borderline e transtorno de personalidade narcisista, o que muitas vezes resulta em baixa autoestima e, por vezes, em uma autoestima nas alturas, que se manifesta através de arrogância ou ar de superioridade.
Uma pessoa emocionalmente insegura é pessimista, antissocial, ou sofre de fobia social, dismorfia corporal, egocentrismo, entre outros estados emocionais.
Práticas comuns que revelam a insegurança emocional:
- Inveja/ciúmes:
A inveja e/ou ciúmes é um sinal típico da insegurança emocional. Observa-se que a pessoa insegura sente ciúmes das relações dos parceiros, amigos e parentes, da qual ela não faz parte. A manifestação de inveja também é um sinal de fraqueza emocional e de baixa autoestima.
- Dependência emocional:
Se você precisa consultar o seu parceiro para cada pequena decisão que você precisa tomar, é um sinal de que você pode ser emocionalmente inseguro. É também um sinal de que você precisa da validação do seu parceiro para cada um de seus atos.
- Raiva constante:
Brigar de vez em quando pode até fazer parte das nossas vidas, mas quando uma pessoa está constantemente à procura de uma razão para discutir, algo está errado.
- Baixa autoconfiança:
A segurança emocional tem uma enorme influência sobre a maneira com que conduzimos nossas vidas.
Uma pessoa emocionalmente insegura não dispõe de autoconfiança, logo, não assume riscos.
Como consequência, ou ela será totalmente passiva nos relacionamentos ou tentará esconder suas inseguranças emocionais sendo totalmente dominante e agressiva.
- Sentir-se vulnerável:
A vulnerabilidade emocional é outro sintoma da insegurança emocional. A pessoa se sente traída facilmente, e vai procurar respostas e exigir explicações para os mais ínfimos atos dos que estão ao seu redor.
Pessoas inseguras são extremamente defensivas quando alguém aponta suas falhas e erros, pois elas simplesmente não aceitam críticas.
O indivíduo inseguro possui uma personalidade controladora por se sentir ameaçado por outras pessoas; ele quer agredir de alguma forma. Assim, descarrega suas frustrações sobre os outros.
Como tratar a insegurança?
O ideal é que isso seja feito mediante acompanhamento psicoterápico, onde um profissional oferece meios de entender as próprias fraquezas e reconhecer as potencialidades. São técnicas de terapia cognitiva-comportamental que ajudam a valorizar os aspectos positivos e a traçar os chamados “gatilhos” da insegurança.