Um jovem de família abastada, pediu ao seu pai que o levasse para conhecer o cume de uma montanha muito alta. Óbvio, o pai logo pensou nos altos riscos que isso implicava; assim, desenvolveu um plano para evitar esforços ao adolescente. Alugou um helicóptero e escolheu um dia ensolarado para levá-lo até o topo, onde existia um vulcão. É evidente que o adolescente observou toda a paisagem, porém, com pouca admiração. O avô do garoto, quando soube do passeio, pensou:
“Realmente, meu filho não está sabendo dar boas lições de vida ao meu neto. Não foi assim que eu o criei”.
Para poder apreciar melhor a experiência, deveria ter escalado a montanha durante a madrugada, para que ao meio-dia, ao ter alcançado o cume, suado e esgotado, o garoto sentisse o êxtase de ter chegado ao cume com seu próprio esforço; uma vitória. Com certeza, daria mais valor à paisagem”.
É curioso ver pais que gostam de dar tudo “mastigadinho” para o filho. É como se desejassem poupar as crianças do desgaste, esforço e aborrecimento dos obstáculos. Por isso, simplificam tudo, antecipam fases e entregam o pacote “prontinho” ao filho, que terá apenas o trabalho de desatar os laços.
Literalmente, isso não é educar, é arrancar do filho o melhor dos mundos, que é o aprendizado gerado por cada degrau superado.
O percurso é muito mais valioso que o resultado. Pais que poupam filhos do aprendizado da vida, criam filhos dependentes, incapazes, no futuro, de enfrentar os problemas, que fatalmente surgirão.