Num frame capturo a vida que há naquele sorriso.
Ilumino-me, recorro às sutilezas dele, que se esparrama em mim tal como o acorde primeiro da orquestra a inundar a plateia.
Nossas linhas convergem. Conversa de abraços desejados, há tanto esperados no silêncio de nós dois.
Seus cabelos dançam em frenesi. Apropriam-se da brisa suave que entra pela janela. Sua boca, lábios carnudos magenta.
Seus pelos decorram o caminho e eu me perco… Entre vilarejos e olhares.
Pausa.
O toque leve dos dedos por sobre os morros… pequenas curvas encaixam-se nas minhas.
Cálice que recebe o liquido… Enfastio-me.
Palavras trêmulas reverberam o entrelace e o poder da nossa soma invade-me.
Deito-me nas tuas ruas. Nua.
Aposso-me de tuas avenidas.
A cada passo.
A cada som.
Cada um.
Olhos noturnos, castanhos quase verdes me lambem.
Teu cheiro me estremece.
Quase prece.
Quase tudo.
Quase tanto.
Sorris largo que me entontece…
De ti, tudo a desvendar. Um mar para sentir. Um universo para navegar.
Sem medo.
Porque amar trata-se de coragem.
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Imagem: Portal Cantu
Respostas de 3
Parabéns Roberta. Seus textos sempre imprimem sua marca, a sensibilidade. Sucesso, minha amiga!
Textão, a possível harmonia entre sutileza e intensidade
Amar trata-se de coragem.
Parabéns