Fabio Abate: A importância do sono – quanto você precisa dormir?

A ciência sempre nos acorda dos sonos profundos da falta de conhecimento ou de consciência. Agora nada mais análogo que falar sobre as novidades sobre o sono, mas aqui entre nós, se diariamente nosso corpo pede descanso, se diariamente sentimos sono, é porque o negócio tem alguma importância certo? Certíssimo, a questão é que sempre que falamos sobre o corpo e a mente humana parece que nada é uma razão absoluta. Como o sono é uma questão importante para o desenvolvimento humano resolvemos trazer alguns detalhes por aqui.

O mais importante de tudo é cuidar da saúde, mental e física, e descansar sempre é um bom começo. Temos o costume de não considerar algumas coisas para nossa mente como consideramos para nosso corpo. Quando fazemos uma série de exercícios físicos temos o habito de descansar por algumas horas e até mesmo pular um ou dois dias do nosso treino para proporcionar a recuperação dos músculos, por que não temos o mesmo cuidado com nosso cérebro? Sim, tem momentos que exigimos muito dele, muita concentração, criatividade, execução, exaustão total das nossas sinapses, a questão é depois de um exercício mental extremo é preciso dar tempo de recuperação ao nosso cérebro.

Claro, que agora ficou mais fácil pensar nesta questão por se tratar de momentos extremos, mas nosso cérebro tem um desgaste constante mesmo quando nosso corpo está em inercia. Ou seja, precisamos nos dar conta do esforço mental que fazemos quando não estamos nos esforçando fisicamente. Além disso temos que considerar as funções que nosso cérebro se ocupa que não são de ordem consciente, aqueles que nem nos damos conta, ou seja, tudo o que fazemos voluntaria ou involuntariamente é o nosso cérebro que comanda.

É muito legal pensar o funcionamento do cérebro, mas vamos considerar agora a comunicação e relação entre os neurônios, a plasticidade do cérebro (sua capacidade de mudar como reação imediata a uma experiência), tudo isso é fortemente fortalecido e estabelecido durante o sono. Durante todo momento de vigília vamos vivendi experiências que criam caminhos em nosso cérebro, o que chamamos de caminhos são conexões entre grupos de neurônios, que se repetem quando vivemos a mesma experiência e que se alteram quando vivemos novas experiências, e são essas conexões entre novas e antigas experiências que vão capacitando e potencializando a plasticidade do nosso cérebro, a ponto de conseguirmos realizar a neuroplastia, capacidade que o cérebro tem de transferir uma função especifica de uma parte parra outra.

Claro que é fundamental todo exercício mental durante os momentos de vigília (acordados e conscientes) para que o cérebro tenha insumos de aprendizado e desenvolvimento, mas será durante o sono que ele construirá melhores conexões, retenção de conhecimento, discernimento e até potencializar nossa intuição, além de fortalecer nosso sistema imunológico.

Para finalizar este texto quero citar uma frase de dois cientistas da Universidade de Wisconsin, Tononi e Ciara encaram o sono sob um prisma original, que leva em consideração conceitos emprestados da economia. Segundo eles, “há um custo para todo o aprendizado que você consegue enquanto acordado: o sono é o preço que pagamos por um instrumento de aprendizado tão fantástico e oneroso como é o cérebro”.

 

 

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