Check-in sem suíte: o outro lado da hospedagem em Nova York

O dia em que a experiência foi… sair do quarto para tomar banho

Se tem uma coisa que eu sempre digo é: um hotel pode (e deve) ser muito mais do que só um lugar para dormir durante a viagem. Mas dessa vez, em Nova York, foi literalmente só isso — ok, talvez um pouco mais.

Organizei essa viagem com apenas três meses de antecedência, o que em Manhattan significa: adeus, tarifas amigáveis. Acabei escolhendo o hotel mais em conta que encontrei com localização razoável — o The Pod 51, em Midtown East. E já sabia que o quarto não teria banheiro privativo. Sabia. Mas quando abri a porta e encarei a realidade… confesso que o choque foi grande.

Além disso, reservamos um quarto com cama de casal e recebemos um com beliche. Claro que fui questionar na recepção, mas a troca só poderia ser feita mediante disponibilidade e o pior: taxa adicional. Então, deixei pra lá. E assim era o quarto 103 do The Pod 51: poucos metros quadrados, uma micro pia embutida na parede, uma pequena mesa com cadeira, suporte para mala, e a beliche. Ainda bem que tinha a vista — e, como tudo em Manhattan, ela te convida a olhar para cima. Será que tudo nessa cidade acaba em com uma referência ao cinema?

Apesar dos perrengues, não posso reclamar dos seis dias de hospedagem. A localização realmente salvou: a 51st Street cruza avenidas importantes de NY, e para uma primeira vez na ilha, o que conta mesmo é isso. Nessas horas, o essencial é ter uma cama confortável (o colchão era ótimo, firme como eu gosto, sem pillow top) e um bom chuveiro — mesmo que ele fique fora do quarto.

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O The Pod 51 ocupa um prédio charmoso, antigo, com aquela estética nova-iorquina clássica de filme. E a rua é uma delícia: duas quadras do metrô, quase em frente há um refúgio verde com uma espécie de cachoeira artificial — onde você pode tomar café da manhã ali mesmo ou pegar e sair caminhando como os locais.

Ao lado do hotel, um restaurante elegante com toalhas na mesa. Do outro, um bar animado, tipo pub, com telões para jogos e mesas com jogos de tabuleiro, cartas e dominó. Já na rua de baixo, a 2nd Avenue, tem de tudo: mercados, farmácias, docerias, salões de beleza (com spa, massagem, manicure…), lojas de vinho e muitos restaurantes. Agora entendo por que tanto se fala das manicures brasileiras em NY — é um mercado forte por lá.

De volta ao hotel: a entrada já impressiona com um painel colorido logo de cara. À esquerda, a recepção, e ao fundo uma área comum com mesas, sofás e computador com acesso à internet. O café da manhã não está incluído na diária (bem típico das redes americanas), mas você pode comprar um café, um donut ou algo rápido por ali. Logo depois, uma área externa com mais mesas — que infelizmente estava em reforma enquanto estive lá.

E sobre a parte mais inusitada da experiência: os banheiros. No 10º andar, havia quatro unidades compartilhadas — duas de cada lado do elevador. No meu caso, dei sorte: meu quarto era bem próximo a dois deles. Um painel luminoso em cima da porta do quarto mostra se o banheiro está ocupado ou livre. Achei prático.

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Agora, o banheiro em si: o chuveiro é ótimo, com boa pressão e temperatura, e os amenities estavam lá (shampoo, condicionador e sabonete líquido). Só fiquei um pouco desconfortável com a cortina no lugar do box — tenho aflição dela encostando. Ainda bem que sempre levo chinelos próprios para usar no banho. As toalhas e o tapete de chão ficam no quarto, o que também é comum nesse tipo de hospedagem.

Conclusão? Se você conseguir um quarto com banheiro privativo e tarifa abaixo de R$ 700, o The Pod 51 pode ser uma boa pedida. A estrutura é bem cuidada, o prédio tem personalidade e, principalmente, a localização facilita muito os deslocamentos pela ilha.

Mas, sendo bem honesta, não pretendo repetir. Depois de andar quilômetros e quilômetros por Manhattan, hoje me sinto quase uma expert e já tenho minhas preferências sobre onde ficar em Nova York. Mas esse é papo para outro post — com dicas de passeios, pernas cansadas e novas descobertas.

Até o próximo Check-in da Lau. Beijos!

 

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