Crítica: À Queima-Roupa (Point Blank) | 2019

Point Blank

Um dos caras mais cool do cinema atual é Frank Grillo. Este ator de 54 anos, nascido em Nova York, nunca foi protagonista de uma superprodução de Hollywood, mas seu nome está presente como coadjuvante de peso em várias delas, como os excepcionais A Perseguição (The Grey, 2011), Warrior: Guerreiro (2011) e produções do MCU, como O Soldado Invernal (2014) e Guerra Civil (2016). Aqui mesmo no Portal do Andreoli você pode conferir a crítica de alguns filmes menores que são protagonizados por ele, como o recente drama Donnybrook, a sci-fi B Beyond Skyline e o thriller de ação Wheelman, esta última uma produção do selo Netflix.

Grillo é um dos atores contratados pela Netflix, e seu novo filme bancado pela produtora é este À Queima-Roupa (Point Blank, EUA, 2019), em que atua ao lado de outro ator contratado pela Netflix, o eficiente Anthony Mackie, o “novo Capitão América” do já citado MCU, e que sob contrato com a produtora, atuou na irregular sci-fi IO: O Último na Terra (cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli), e em um dos episódios da nova temporada da série Black Mirror. Como já era de se imaginar, a carismática dupla formada por Grillo e Mackie é o principal motivo para se conferir este buddy movie que nada de braçadas nos clichês do gênero, mas que não deixa de ter lá seus atrativos.

Mackie interpreta Paul, um enfermeiro da unidade de emergência de um grande hospital, cuja esposa grávida (Teyonah Parris, de Se a Rua Beale Falasse, cuja crítica também está disponível aqui no Portal), é sequestrada e mantida como refém pelos criminosos. Completamente surpreendido pela situação, Paul junta-se a um notório criminoso de carreira (Grillo), que por sua vez encontra-se gravemente ferido e carrega a suspeita de um assassinato nas costas. Agora, com a improvável ajuda do bandidão, Paul espera salvar as vidas de sua esposa e da criança que está para nascer. Nem é preciso dizer que a dupla encontrará todo tipo de obstáculo em seu caminho, como gangues rivais e tiras corruptos, além é claro, da própria convivência entre os dois, que não será nada fácil.

Esta não é a primeira tentativa da Netflix em produzir um filme de ação com nomes de certo peso na indústria, mas assim como os esforços anteriores, não há nada de novo aqui. Mas assim como comentei em minha crítica sobre o filme Stuber, publicada aqui mesmo no Portal do Andreoli há exatamente uma semana, mesmo o buddy movie mais xexelento pode se tornar algo divertido, desde que sua dupla de protagonistas faça o tempo investido pelo espectador valer a pena.

E À Queima-Roupa vale os minutos investidos pelo seu público. Mackie e Grillo seguram muito bem as pontas de um thriller bastante genérico, mas de repente, um bom filme genérico de ação seja exatamente o que você precisa. Eu por exemplo, não tenho do que reclamar; Grillo é um dos meus atores preferidos, e o nível de ação da produção é bastante competente. A direção ficou por conta de Joe Lynch (do ótimo Mayhem, cuja crítica também está disponível aqui no Portal), e o roteiro a cargo de Adam G. Simon (Man Down: O Terror da Guerra), ao menos não compromete. Ou seja, sua diversão ao estilo Domingo Maior da falida Rede Globo está mais do que garantida. E claro, a presença de Grillo é um tremendo diferencial.

À Queima-Roupa estreia no catálogo da Netflix na próxima sexta-feira, 12 de julho.

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