Crítica: Eli (2019)

A Netflix continua sua programação especial para o mês de outubro, a “Netflix & Chills“, onde a produtora e serviço de streaming segue com lançamentos de filmes e séries voltados para o tema do horror e do suspense, como comemoração ao mês do Halloween. Depois dos lançamentos de Sombra Lunar (In the Shadow of the Moon), Campo do Medo (In the Tall Grass) e Fratura (Fractured), agora a bola da vez é este Eli (EUA, 2019), novo filme do diretor Ciarán Foy (do irregular A Entidade 2). Vale lembrar que as críticas dos três filmes citados estão disponíveis aqui no Portal do Andreoli.

Eli conta a história do menino que dá nome ao filme (Charlie Shotwell, de The Nightingale, cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli), que sofre com uma doença debilitante e desconhecida que o força a viver completamente isolado do mundo exterior. Depois de uma exaustiva busca por soluções e diferentes opiniões médicas, seus pais, interpretados pela bela Kelly Reilly (de O Vôo) e Max Martini (de Cinquenta Tons de Cinza), depositam sua confiança – e a vida do garoto – nas mãos da doutora Isabella Horn (Lili Taylor, de Invocação do Mal), cujos tratamentos experimentais de ponta em seu laboratório/mansão  podem ser a última esperança de Eli. Mas à medida em que Eli começa a enfrentar o processo tremendamente intenso que pode vir a potencialmente curá-lo, ele passa a ser assombrado por experiências que o fazem questionar em quem ele pode confiar, e principalmente, o que está sorrateiramente à espreita dentro da casa onde se encontra.

Eli funciona como uma espécie de mistura de thriller psicológico com filmes sobre casas assombradas. Não por acaso, o filme é produzido pelos mesmos nomes que trouxeram a série A Maldição da Residência Hill (The Haunting of Hill House) para a telinha da Netflix, e a produção é efetiva no que se propõe: alguns bons sustos embutidos em uma trama interessante, que resulta numa produção bacana mas esquecível.

O filme nunca quebra os moldes da fórmula que transformou tantos outros filmes razoáveis em sucessos do gênero, e confesso que a trama envolvendo a misteriosa doença do garoto e sua relação com a personagem da médica interpretada por Taylor tem lá seus atrativos extras. O filme infelizmente perde força justamente quando adentra mais fundo a questão sobrenatural de sua trama, caindo em clichês que poderiam ser evitados. O bom elenco ajuda a segurar o filme, especialmente Shotwell, no papel do garoto acometido pela rara doença e depois por eventos assustadores e à princípio inexplicáveis. A jovem Sadie Sink (a Max da série hit Stranger Things) também dá as caras na produção em um papel menor.

Bem equilibrado entre o mistério central de sua trama e os sustos bem aplicados ao estilo Invocação do Mal, Eli é mais um exemplar que tem tudo para fazer sucesso junto ao público da Netflix, ainda que não agregue nada exatamente novo ao gênero.

Eli estreia no catálogo da Netflix no dia 18 de outubro.

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