Crítica: IO: O Último na Terra (IO) | 2019

O Último na Terra

No que já vem se tornando praticamente uma tradição, a toda-poderosa Netflix decide lançar na surdina mais uma sci-fi de origem um tanto obscura. Assim como fez no ano passado com o até surpreendente Extinção (Extinction), e com o irregular Próxima Parada: Apocalipse (How It Ends), o selo traz este também irregular IO: O Último na Terra (IO, EUA, 2019), produção que assim como os filmes citados, tem como maior qualidade sua dupla de protagonistas, a bela Margaret Qualley (da série da HBO, The Leftovers), e o Falcão do universo cinematográfico da Marvel, Anthony Mackie. Vale lembrar que as críticas de Extinção e Próxima Parada: Apocalipse estão disponíveis aqui mesmo no Portal do Andreoli.

Dirigido por Jonathan Helpert (da curiosa e pouco conhecida sci-fi House of Time, 2015), o filme foca sua narrativa na jovem cientista Sam (Qualley), uma das únicas sobreviventes de um planeta Terra devastado por um evento apocalíptico. Ao invés de abandonar o planeta como a massiva maioria dos habitantes da Terra fez, ela decidiu ficar e se dedicar a encontrar uma maneira de possibilitar aos humanos que possam voltar a viver na Terra, cuja atmosfera agora é completamente tóxica.

Os humanos que partiram, formaram uma colônia de sobrevivência em uma das luas de Júpiter, que dá nome ao filme, e a determinação de Sam em trazer estas pessoas de volta é abalada com a inesperada chegada de um outro sobrevivente, Micah (Mackie), cujo plano é embarcar para IO na última espaçonave que sairá da Terra em poucos dias, de uma localização distante. Entretanto, à medida em que ambos passam a conviver e se conhecer melhor, Sam e Micah começam a questionar suas próprias prioridades. Será que Micah realmente embarcará para IO e deixará Sam sozinha na Terra? Ou será que Sam desistirá de lutar pela sobrevivência do planeta e embarcará com Micah para se juntar aos outros?

Como a sinopse já indica, IO é uma sci-fi um tanto derivativa, que remete à diversas histórias da mesma natureza já contada outras vezes, especialmente no recente Passageiros (Passengers, 2016), que trazia os A-Listers de Hollywood Chris Pratt e Jennifer Lawrence no elenco. Contudo, o roteiro escrito à seis mãos pelos desconhecidos Clay Jeter, Charles Spano e Will Basanta mantém o andamento da história intrigante o suficiente para valer uma sessão sem compromisso, e o filme ainda conta com a participação do sempre competente Danny Huston (de Stan & Ollie, cuja crítica também está disponível aqui no Portal), em um papel menor.

Este na realidade é o jogo da Netflix de agora em diante e já há algum tempo com relação a seus filmes originais. Ninguém deve comparar IO com um Roma por exemplo, ou mesmo com um thriller de mais cacife como Bird Box, mas a fácil disponibilidade e a visibilidade cada vez maior do sistema de streaming acabam fazendo com que a produção de tais filmes menores e de apelo comercial encontrem uma grande fatia de público. Vale lembrar que você também encontra as críticas de Bird Box e Roma aqui no Portal do Andreoli.

IO entretanto não é nada mais do que isso, uma esquecível sessão de ocasião. O filme estava originalmente agendado para estrear na Netflix em 2017, e chegou a ter Elle Fanning (de Galveston, cuja crítica também está disponível aqui no Portal do Andreoli), e Diego Luna (do drama Se a Rua Beale Falasse, cuja crítica também está disponível aqui no Portal) nos papéis principais, até que após diversos problemas durante a pré-produção, ainda em 2016, os dois decidiram pular fora do projeto. Como já é sabido, quando um filme atrasa demais nas filmagens, é sinal de que não vem coisa boa por aí. No caso deste IO: O Último na Terra, até que a Netflix saiu no lucro.

IO: O Último na Terra estreia HOJE (18/01), no catálogo da Netflix.

3 respostas

  1. Mais uma porcaria da NETFLIX para cima dos seus assinantes… Fraquissimo , os dois protagonistas deveriam receber o “Framboesa” de tao ruim a atuacao… Alguns efeitos especiais e só!!! Resumindo, mais um filler so para dizer que estao produzindo material novo.

  2. Independente de qualquer coisa, leio o postado pela critica, mas a decisão final de assistir ou decidir se um filme é bom ou ruim, cabe unicamente ao expectador. Simples assim. Não adianta assistir um filme que quase toda a humanidade o acha o máximo e a propria pessoa está achando uma caca e, está vendo pra acompanhar a opinião alheia, para que pensem que ele faz parte daquele grupo. numa boa, melhor a pessoa ser a própria pessoa, que ser um idiota sem cérebro, sem vontade ou decisões próprias.

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