Olá, pessoas!
Antes de falar realmente do assunto de hoje, eu preciso compartilhar com vocês a minha felicidade em saber que o Derby feminino Corinthians e Palmeiras, pela semifinal do Campeonato Brasileiro, alcançou 1 milhão de visualização pelo Twitter. Isso é um grande feito para o futebol feminino. Imagine se esta semi tivesse passado na TV? Aloooô meu povo, quem disse que ninguém assiste futebol feminino? As torcidas também estão de parabéns. Este Derby é campeão de fazer história. Ah! O Corinthians ganhou e disputa a final contra o Avaí/Kinderman dia 22 de novembro e 6 de dezembro.
“Gentem”, olhem só! Este é o texto da coluna de número 20. Eu queria muito escrever algo especial quando alcançasse a vigésima publicação, então eu me atentei à data. Dia 20, nesta próxima sexta é o dia da Consciência Negra. Nada mais oportuno para falar um pouco sobre racismo no esporte.
Infelizmente, ainda nos deparamos de fatos lamentáveis de racismo no nosso país, no mundo e no esporte não é diferente. Você ouviu falar esta semana de um heptacampeão da Fórmula 1 que se igualou ao Schumacher? Hamilton é o primeiro e único negro na competição, fala muito desta representatividade e aproveita sua evidência para falar e lutar contra o racismo. “Então, enquanto você está aqui, prestando atenção, gostaria de pedir a todos que façam sua parte para ajudar a criar um mundo mais igualitário. Vamos ser mais receptivos e gentis uns com os outros. Vamos fazer com que a oportunidade não dependa de onde você veio ou da cor da pele.” Esta foi uma das declarações, após vencer no último domingo (se você não ama este homem, não sei quem você deveria amar haha).
Daniel Alves, Nilson, Neymar, Aranha, Grafite, Tinga, Roberto Carlos, Arouca, Marinho, Hulk, Paulão são só alguns de centenas profissionais no futebol, inclusive de treinadores, vítimas de racismo. O mais triste disso tudo é que muitas das vezes (a maioria delas) fica por isso mesmo. Racismo é crime, e muitas ofensas ficam impunes. Segundo dados do Observatório da Discriminação Racial no Futebol, de 2018 a 2019 teve um aumento de 47% dos casos de racismo no futebol. Sendo que de 2014 a 2019, de um total de 232 casos, menos de 7% foram resolvidos.
A Justiça Desportiva precisa ser mais severa e criteriosa nestas situações e tem mais: não adianta os clubes no mês da Consciência Negra fazerem campanhas, mas não se mobilizarem de fato para melhores medidas quando seus atletas são ofendidos ou de conscientização para com sua torcida. Esta campanha não pode ser Marketing, tem que ser uma causa que o clube luta e defenda.
Racismo não se encaixa em nenhum lugar, muito menos no esporte. Diga não ao racismo!
Feliz com minha publicação de número 20. Até semana que vem!
Paty Santos
Imagem: Freepik
Respostas de 7
Importante usar todo espaço de divulgação e visibilidade para reforçar o assunto tão urgente que é o racismo. Não muda quem não quer. A informação ta ai. O “racismo estrutural” não é mais desculpa para não aprender.
A vitória do Hamilton foi linda demais. De fato, se você não ama o Hamilton, não sei quem você ama. hahaha
E por fim, parabéns pra mulherada do Corinthians que dando alguma alegria pro time, porque olha, fácil num ta. Deveriam igualar logo esse salário, mas isso é papo pra outra pauta 😉
Excelente texto Paty, várias empresas, clubes e famosos só falam do assunto nessa época, o que leva a pensarmos que é só para se promoverem mesmo em cima de uma causa. Chega de racismo, a luta é diária.
Ual Renata! Arrasou no seu comentário.
Excelente texto Paty. Assunto que deve ser falado o tempo todo e não só próximo ao feriado como muitos clubes empresas e famosos fazem, pois a percepção que eu tenho é a mesma, promoverem a imagem em cima de um assunto tão urgente!
Não dá mais para tolerar racismo e essa luta é diária.
PS: Quem não ama o Hamilton é porque não conhece.
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?????? Top
Futebol feminino tem que ser mais valorizado mesmo, se for seu time jogando clássico você vai assistir porque clássico e clássico. Na maioria dos esportes os maiores atletas são negros ?