Paty Santos: Cadê nossa base forte?

Olá, pessoas lindas.
Quarta-feira é sempre um dia legal para quem acompanha futebol. Antes de começar a escrever pra vocês, dei uma olhadinha na série B e vi que o Cruzeiro está ganhando do Guarani. O Campeonato Brasileiro começou no domingo, e é muito engraçado ver a tabela de classificação neste início. O Flamengo está na zona de rebaixamento, junto com Fluminense, Coritiba e Fortaleza hahahaha.
Hoje às 16h, horário de Brasília, tem decisão em Lisboa pela Liga dos Campeões. Atalanta e Paris Saint-Germain. Que jogão! Mas, eu quero falar com vocês sobre quem me inspirou ao tema de hoje. Um moleque (e eu falo no sentido mais carinhoso da palavra), que todo mundo está de olho e está falando. Patrick de Paula, jogador de 20 anos do Palmeiras.
Quando vi Patrick com a taça do Campeonato Paulista na mão, pensei: “ele é mais uma amostra de que os clubes não podem desistir das categorias de base. Não só isso; não podem deixar de dar oportunidade aos moleques.”
Com a pandemia, os torneios desta categoria voltarão apenas no mês que vem. Quando assistimos estes jogos do nosso time e vemos bons resultados, falamos “a base vem forte!” Mas, me conta uma coisa, o quanto o seu time realmente aposta na base? Quantos jogadores seu time principal revela a cada ano? Não tem uma roda de amigos que eu entre, que não tenha pelo menos uma pessoa que diz que seu time tinha que dar mais oportunidade aos moleques da base.
Sabe qual é a notícia triste? Que quando os clubes revelam talentos, estes meninos ficam pouco tempo jogando no Brasil. Não param aqui. Aí quando vejo um futebol diferente, bacana, fico superfeliz e quando pisco, o jogador foi para o Real Madrid, Barcelona ou outro “qualquer” time da Europa. Só que ao mesmo tempo, eu penso: “eles merecem ir pra lá”, e eu fico nesta divisão de sentimentos hahaha.
Patrick fez o gol que levou o Palmeiras para a final do Paulista. Patrick pediu pra bater o quinto pênalti que deu o título ao clube. Patrick tem 14 jogos como profissional. Descoberto na Taça de Favela, do seu bairro Campo Grande no Rio de Janeiro para a base do Palmeiras. Seu primeiro título já vem com sua marca e se continuar assim, vai voar. Torço para isso, assim como torço para que todos os times tenham seus Patrick´s, Vitinho´s, Pedrinho´s, Vinícius Jr´s, Everton´s, Rodrygo´s, Antony´s e tantos outros.
Dar oportunidade e criar nossos moleques para montar uma seleção brasileira brilhante pro futuro é pedir muito? Assim, como a Alemanha campeã do mundo em 2014 lembram? Que investiu na base, para 14 anos depois ter aquele elenco que meteu 7 a 1 na gente, e conquistou o tetra derrotando a Argentina (pelo menos isso né?).
Bom, Patrick tem contrato até 2024 com o Palmeiras. Você acredita que ele fique até lá? Se continuar assim, eu duvido! Deixe seu comentário e me conta também o que acha sobre o assunto.
Boa sorte para seu time hoje no Brasileirão e até semana que vem!

 

Imagem: Cesar Greco/Palmeiras

5 respostas

  1. Um roteiro que, além de trazer muita emoção, veio para coroar esse “moleque”. Merecedor de toda atenção e holofotes que tem recebido. Compartilho o sentimento de felicidade ao ver um jogador de base se destacar no profissional. Que apareça cada vez mais.
    Parabéns sempre Paty.

    Avanti Palestra!

  2. Essa venda precoce de jogadores está diretamente relacionada a má administração, os clubes ficam endividados, assim a venda de jogadores é o ativo mais importante para a maioria dos clubes brasileiros. Infelizmente…

  3. Falar de Patrick de Paula chega a ser sinistro… Moleque sem muito status e ganhou holofotes fazendo bons jogos, classificando pra final e o gol do título…

    Os diamantes estão na base, mas a pergunta é tem tempo pra lapidar?

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