Paty Santos: “O futebol é meu remédio”.

Olá, pessoas.

É meio louco a vida que estamos vivendo atualmente, onde a gente em um dia fica feliz com a vitória do nosso time e no outro lidamos com morte de alguma pessoa querida.

Quando eu sentei aqui para escrever, pensei em falar do Choque Rei, Fla-Flu ou Gre-Nal, mas aí eu lembrei do Ricardinho, da promessa dele no velório do pai e aí caí no pensamento relatado no primeiro parágrafo.

Estava assistindo Corinthians e Palmeiras, mas acompanhando o Gre-Nal. Quando vi que o Internacional havia aberto o placar, pensei: será que finalmente o Inter vai ganhar do Grêmio? Bom, a verdade é que o Grêmio virou e selou a nona vitória seguida e Tiago Nunes invicto; sete jogos, sete vitórias. Sim, o Tiago ex-técnico do Corinthians que agora está sem técnico paquerando o Renato Gaúcho, ex-técnico do Grêmio.

A virada foi graças ao gol de Ricardinho. Um menino de VINTE anos que perdeu o pai e avô (com a diferença de dias da perda de um para o outro) para o Covid-19. Ele, que veio da base do São Paulo, atravessou o campo de joelhos, promessa feita para o pai antes de enterrá-lo. Vocês entendem o que é isso? É a prova mais difícil que ele e milhares de brasileiros estão passando. Um moleque de 20 anos que perdeu duas referências de uma vez só. Pai e avô que esteve sempre ao lado dele o incentivando. O filho/neto fez gol em um Gre-Nal, virou herói do jogo e eles não estavam lá fisicamente para dar um abraço nele.

“O futebol é o meu remédio”. Não só dele pelo visto, mas de muita gente que encontra no futebol uma forma de aliviar a dor e dar uma folga à tanta notícia triste, mas aí nos deparamos com o River Plate com mais de 20 infectados, sem time para jogar a Libertadores hoje contra o Santa Fé pela Libertadores e com o Flamengo querendo levar jogo à Brasília para ter público. Hãm? Oi? Fale se não é uma mistura de sentimentos doidos?

O Grêmio no domingo está a um empate de ser campeão gaúcho, e se isso acontecer eu tenho certeza que vai ser ainda mais incrível e emocionante para o Ricardinho, e tenho certeza que o pai e o avô vão estar felizes e orgulhosos por ele.

Paty Santos

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Imagens: Foto divulgação

 

 

4 respostas

  1. Fiquei emocionada só de ler “ele atravessou o campo de joelhos”, como promessa.
    Que triste tudo isso. Que sensibilidade a sua. Parabéns!

  2. Em meio a tanta tristeza, até do mesmo Ricardinho, o futebol da um alívio mental. Mas ainda sim é controverso querer mais de 22 pessoas estarem no mesmo ambiente, correndo e tendo contato, e nós guardados em casa…

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