Bom dia meus queridos amigos,
Tem sido uma enorme alegria conhecer tanta gente, ver tantas culturas, ouvir um incontável número de idiomas, ter conversas agradabilíssimas e participar de uma festa indizível em Paris. No entanto, não há absolutamente nada melhor do que ver as minhas filhas, brincar com elas de Playmobil, fazer orações com elas, ler livros com elas.
E mais ainda, a gente conversa de tudo. É uma delícia!
A gente conversa sobre piscina, viagens, conversa sobre as suas amiguinhas, sobre os conflitos e problemas na escola também, falamos das coisas que tem valor na vida também, sobre Deus também, sobre os seres humanos, a diversidade multicultural também, e sobretudo, sobre a importância de viver uma vida cheia de espiritualidade do bem.
Pois bem, nestes dias de rápida passagem em Lyon, eu tive a oportunidade de ir ao estádio do Olympic Lyonnais com a minha esposa e assistimos um jogo eletrizante entre Espanha e Colômbia!
Nesta semana, já de volta a Paris, eu ainda tenho alguns compromissos que tem a ver com as finais do voleibol tanto quanto do handball. Bem, espero que o Brasil chegue nas finais! Tenho tido o privilégio de ver o excelente vôlei feminino tanto quanto a garra do vôlei masculino.
Ora, eu quero ficar por aqui deixando na coluna de hoje a simples lição que o maior de todos os nossos sonhos do ponto de vista profissional, as chamadas grandes conquistas e viagens inesquecíveis, o sucesso no mundo empresarial, ou o sucesso de qualquer outra natureza não são comparáveis com a alegria de ter o abraço sincero da tua filha, o reencontro e olhar terno do teu esposo cheio de amor, a brincadeira gostosa do teu filho que te esperar para chutar uma bola pacientemente, e o almoço em família que se torna uma eucaristia santa quando é feita com respeito, fé e alegria do encontro humano.
É no amor que se encontra a verdadeira espiritualidade.
É no amor que brindamos a oportunidade de ter na nossa família a alegria de poder provar tal espiritualidade. Até porque é o conhecidíssimo texto do chamado apóstolo Paulo quem nos ensina tal princípio espiritual.
Isto posto, deixo com vocês a linda paráfrase feita pelo Eugene Peterson na sua versão de 1 Coríntios 13 (A Mensagem): “Se eu falar com eloquência humana e com êxtase própria dos anjos e não tiver amor, não passarei do rangido de uma porta enferrujada. Se eu pregar a Palavra de Deus com poder, revelando todos os mistérios e deixando tudo claro como o dia, ou se eu tiver fé para dizer a uma montanha: “Pule!” e ela pular e não tiver amor, não serei nada.
Se eu der tudo que tenho aos pobres e ainda for para a fogueira como mártir mas não tiver amor, não cheguei a lugar algum. Assim, não importa o que eu diga, no que eu creia ou o que eu faça: sem amor, estou falido. O amor não desiste. O amor se preocupa mais com os outros que consigo mesmo. O amor não quer o que não tem. O amor não é esnobe, não tem a mente soberba, não se impõe sobre os outros, não age na base do “eu primeiro”, não perde as estribeiras, não contabiliza o pecado dos outros dos outros, não festeja quando os outros rastejam, tem prazer no desabrochar da verdade, tolera qualquer coisa, confia sempre em Deus, sempre procura o melhor, nunca olha para trás, mas prossegue até o fim.
O amor nunca morre. A palavra inspirada um dia será esquecida; a oração em línguas vai passar; o entendimento alcançará seu limite. Nós conhecemos apenas parte da verdade e o que dizemos a respeito de Deus é sempre incompleto. Mas, quando o que é completo chegar, tudo que é incompleto em nós deixará de existir. Quando eu era bebê, no colo da minha mãe, eu balbuciava como qualquer bebê. Depois que cresci, deixei para sempre essas coisas de bebê. Hoje, não vemos as coisas com clareza. Estamos como que num nevoeiro, enxergando com dificuldade por entre a neblina. Mas isso não vai durar muito. O tempo vai melhorar, e o Sol vai aparecer! Então veremos tudo tão claramente quanto Deus nos vê, conhecendo-o diretamente, assim como ele nos conhece!
Mas, por enquanto, até chegar a perfeição, temos três coisas que nos guiam até a consumação de tudo: confiança firme em Deus, esperança inabalável e amor extravagante. E o melhor desses três é o amor”.
Fábio
Collonges au Mont D’Or
Respostas de 2
Nada, absolutamente nada substitui o que nos oferece a nossa família. Obrigado por compartilhar isso conosco. Continue assim.