Em 2006, assistia a uma partida da Alemanha na Copa do Mundo quando notei um jovem que se destacava naquele time. Era Lukas Podolski, polonês, naturalizado alemão, então com 21 anos, que iniciava a história dele em Copas.
Aquele time alemão fez uma grande competição, sendo parado somente pela Itália de Alessandro Del Piero – que se sagraria campeã, após vencer a final com a França – na fase semifinal. Tinha grandes nomes: Klose, Philipp Lahm, Ballack e Oliver Kahn (de boas lembranças para os brasileiros), que encerrava a carreira na seleção, entre outros. O técnico era Jürgen Klinsmann, mais um grande ídolo alemão. Foi uma grande Copa aquela. Eu adoro Copas do Mundo. Vejo sempre o maior número de jogos que puder.
Bem, nesta quarta-feira (22), Podolski se despediu da seleção alemã. E fechou o ciclo com um golaço em um chute de fora da área no amistoso contra a Inglaterra, em Dortmund. O gol determinou o placar da partida. Um prêmio para o jogador que fez parte de uma das melhores gerações do futebol alemão.
Podolski não era convocado desde a Euro do ano passado e não fazia um gol pela seleção desde 2015. Foi chamado por Joachim Löw apenas para se despedir. Bela homenagem. Ele disputou três Copas. Em 2010, também parou na semifinal contra a Espanha. Ou seja, perdeu para o campeão de novo.
No Brasil, Podolski foi um dos destaques do time que encantou pelo futebol e simpatia. Os alemães deixaram um legado – esse sim, de verdade – na cidade onde se hospedaram na Bahia durante a competição.
Com um uniforme que homenageava o Flamengo – time mais popular do País –, a Alemanha protagonizou o maior vexame da história do futebol brasileiro. Mas nem mesmo o humilhante placar de 7 a 1 naquele inesquecível 8 de julho de 2014, no Mineirão, foi suficiente para transformar o carinho com aquela seleção. Jogaram de forma respeitosa e mantiveram o comportamento sereno mesmo depois de um resultado épico. Depois, nos deram a alegria de derrotar a Argentina na final e evitar a vergonha maior de ver o principal rival erguer a taça e fazer a festa no Maracanã.
Essa despedida do Podolski na Alemanha me deixou nostálgico. Não que ele tenha sido um Gerd Muller ou Voller. Mas me fez lembrar tempos melhores do futebol.