César Sacheto estreia coluna de Esportes com clássico paulista

Santos e Palmeiras são os melhores times do Brasil na atualidade! Me perdoem flamenguistas e atleticanos, mas o chamado “clássico da saudade”, disputado neste domingo (19), na Vila Belmiro, encheu o coração dos nostálgicos e trouxe esperança para aqueles que torcem pela volta de tempos melhores no futebol brasileiro.

A partida foi emociante! As duas equipes jogaram abertas, foram agudas, verticais, sempre em busca do gol. O ataque santista obrigou Fernando Prass a mostrar porque é ídolo da torcida alviverde. O goleiro santista também teve muito trabalho. No fim, a virada espetacular do Palmeiras – gols de Jean e Willian – pode ser vista como um castigo para o time da casa, após um bombardeio proporcionado por Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Vitor Bueno. Mas a verdade é que o Verdão merece créditos por não ter desistido do jogo em momento algum. E, lembremos, o Palmeiras possui um histórico de bons resultados na Vila.

Do lado verde, vale destacar a coragem do técnico Eduardo Baptista. Após tantas críticas pela mesmice e falta de ousadia nas escalações e mexidas durantes os jogos, o treinador mostrou que está perto de encontrar a melhor formação. Ele repetiu as mudanças feitas na partida contra o Jorge Wilstermann (BOL), no meio de semana, em jogo da Libertadores, e foi novamente feliz. As entradas de Willian para atuar na movimentação – não como centroavante -, e de Róger Guedes, além da vinda de Dudu para a armação, foram fundamentais para a melhora de produção.

O Santos pagou o preço da desatenção. A equipe praiana martelou o adversário durante 75 minutos, mas relaxou depois de abrir o placar. Não é a primeira vez que o Peixe é vítima de sonolência pós-gol. Na semifinal do Paulistão de 2016, pra citar um exemplo, viu o mesmo Palmeiras empatar o jogo milagrosamente nos acréscimos após ter aberto 2 a 0 no placar. Na ocasião, os pênaltis salvaram os santistas. O técnico Dorival Junior tem a missão de chacoalhar o elenco para evitar tropeços desse tipo.

Pensando na temporada, o clássico confirmou a força das duas equipes na disputa pela título da Libertadores. O Santos possui um ataque muito potente e um meio-campo habilidoso. Ricardo Oliveira, Lucas Lima e Renato formam o trio no qual a torcida deposita as fichas para a conquista da América. Já o Palmeiras ganhou muita força psicológica após a virada. O técnico Eduardo Baptista, que antes era clicado quase sempre com os olhos esbugalhados, dando a sensação de estar amedrontado, parece ter adquirido a confiança que o cargo de técnico do atual campeão brasileiro exige. Alguns “medalhões” ainda estão devendo, caso dos colombianos Borja e Guerra, mas o time dá sinais de evolução.

Enfim, creio que palmeirenses e santistas devem ter demorado a pegar no sono depois desse jogaço. Um lado extasiado pela vitória histórica. O outro, lamentando as chances desperdiçadas e o castigo no final.

2 respostas

  1. BRAVO..! BELO INÍCIO DE TRABALHO. ARTIGO CLARO, CONCISO, OBJETIVO e COM TOTAL FUNDAMENTO NAS AFIRMAÇÕES, OBSERVAÇÕES e PROJEÇÃO DA POSSIBILIDADE DE CADA EQUIPE NESTE ANO. PARABÉNS. FORÇA, VIGOR e PERSEVERANÇA, PORQUE O QUE É BOM JÁ NASCE ” ESMERALDINO “. TEU CASO . . !

  2. Como bom palmeirense que sou, vi no texto de César Sacheto um retrato fiel do que aconteceu na partida. Sinto-me, portanto, no direito de parafrasear o que ele escreveu e declarar: o artigo trouxe esperança para aqueles que torcem pela volta de tempos melhores no jornalismo esportivo brasileiro.

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