O Palmeiras teve uma vitória heroica diante do Peñarol, na noite desta quarta-feira, no Allianz Parque. Aos 54 minutos, no último lance, o lateral Fabiano fez o gol que tirou o time do sufoco e fez a torcida explodir na Arena. Foi uma daquelas noites que serão contadas por décadas pelos palmeirenses.
Mas, os mais de 38 mil palestrinos que comemoraram muito essa vitória poderiam ter sofrido bem menos. O Verdão perdeu muitos gols incríveis – inclusive um pênalti nos pés do colombiano Borja – e, dessa forma, deu oportunidade para que os uruguaios complicassem o jogo.
Tivesse o Palmeiras acertado o pé, não teria sido refém da catimba uruguaia e da atuação desastrosa do árbitro equatoriano Roddy Zambrano. Ele atrapalhou o espetáculo com a sua atuação completamente omissa e, com isso, incentivou a animosidade entre os jogadores dos dois times.
Especialmente no segundo tempo, o sr. Zambrano fez mais “cera” que os jogadores do Peñarol. No fim, já aos 48 minutos, protagonizou uma das atitudes mais estapafúrdias que já vi em um jogo. Ele deu cartão amarelo e o vermelho em seguida para Dudu, que tentava se livrar do defensor uruguaio que barrava a cobrança de falta do palmeirense. Grotesco.
Espero que a Conmebol tome uma atitude severa contra esse árbitro que já demonstrou não ter nenhuma condição de apitar um jogo desse porte. Sorte do Palmeiras ter feito o gol salvador, pois a tendência era que a partida terminasse naquele marasmo em que estava. Afinal, a Sul-Americana pode até punir o juiz, mas não vai alterar o placar. Ou seja, já era.
Quanto ao Palmeiras, é tempo de comemorar o resultado, mas sem tapar os olhos sobre os erros que cometeu. Psicologicamente, o time saiu muito fortalecido, conforme destacou o volante Felipe Melo – que não deu tapa na cara de uruguaio e saiu reclamando de insultos racistas. Mas há muitas falhas que cedo ou tarde vão atrapalhar a caminhada do time na competição. Ainda há tempo para corrigi-las.