Cillo: A intolerância que não respeita mãe e filho

O cinema adoraria a história que a intolerância não consegue engolir.

Quando a mãe do goleiro Jaílson foi vista entre os torcedores corintianos em Itaquera, estávamos diante de um belo cenário da matriarca dividindo a emoção entre suas duas paixões: o clube que aprendeu a amar e o filho que venceu na vida na profissão escolhida – e defende também com amor e irremediável profissionalismo.

Mãe e filho não poderiam imaginar que a intolerância jogasse contra uma bela história que o derby poderia e deveria guardar com tanto carinho: a mãe corintiana e o filho goleiro titular do Palmeiras.

Qual a razão de Jaílson ser hostilizado por ter a mãe explicitamente corintiana ? Por um acaso ele deixa de ser um profissional de respeito por conta disso ?

Querem que o goleiro seja desligado do grupo. Poucos, mas querem. Conselheiros, inclusive. Se esqueceram que o invicto Jaílson ajudou o Palmeiras a ser campeão, outro dia. Ele sempre honrou a camisa que vestiu e que, por acaso, é também aquela que sempre amou.

Não respeitam a origem, a hombridade, o caráter, a conduta, o trabalho. Jaílson é um agregador em um Palmeiras que já viveu, em um passado recente, crises comportamentais entre suas estrelas. Aliás, ele não está entre elas. O goleiro é um operário que chegou praticamente de graça, praticamente no fim de carreira, praticamente desconhecido.

Conquistou pelo trabalho, pela dedicação. Agora, querem jogar tudo por terra. Vejo até reportagens, dia desses, estampando o caso como um crime. Intolerância. Isso é ridículo.

Ouvi o conselheiro Ricardo Pisani, em entrevista ao programa “OS DONOS DA BOLA” dizendo que não quer punição, mas que o Jaílson precisa evitar que fatos como esse se repitam. Eu repito: qual o crime ? Qual o erro dele, da mãe, de todos eles?

Não consigo entender, e Jaílson tem meu apoio, assim como a família dele. Por que a mamãe corintiana deve continuar corintiana e o filho Palmeirense, jogando ou não, sempre será Palmeiras.

A mamãe chegou a mostrar um olhar de tristeza quando Jaílson tomou gol, foi expulso no clássico. Mostrou amor maior pelo filho que pelas próprias cores do clube de coração. Mas alguns não vão entender. Infelizmente.

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