Cillo: Deslealdade contra habilidade. Uma pancada no talento

A pancada parece doer mais quando é premeditada. A habilidade de um atacante fez um defensor passar vergonha. Não pelos dribles. Mas pela covardia após os dribles.

O Santos Futebol Clube foi cirúrgico nas palavras. Palavras que se tornaram públicas depois de analisar com sobriedade os acontecimentos.

No Uruguai, o menino Rodrygo, que tem alegria nos pés – DNA de Robinho Neymar e companhia – praticou dribles desconcertantes contra um atleta adversário. No campo de jogo, fez o que se espera de quem nasce com o dom de encantar. Mas do outro lado, os dribles que não são demérito para quem os toma, foram substituídos pela truculência. O defensor Jorge Fucile, do Nacional do Uruguai afirmou, depois da partida, que não achou outro meio para brecar o talento de 17 anos que não uma pancada.

Rodrygo saiu machucado. O Santos saiu derrotado. Apenas no placar. Sai fortalecido, envaidecido, orgulhoso por ter em Rodrygo o DNA que sempre notabilizou o Brasil para o Mundo. O Santos de Pelé, para o universo.

Fucile assumiu uma pobreza de repertório como atleta e também como ser humano. Lamentável. Rodrygo assumiu a alegria de jogar com alegria. Menos mal que os exames não detectaram nenhuma gravidade no tornozelo do garoto. E ele poderá voltar quem sabe no domingo contra o Grêmio pelo Brasileirão, em Porto Alegre. Deve ser titular. Fucile teve detectada uma grave falta de caráter.

O manifesto do Santos ganha repercussão. E os desdobramentos, por hora, ficam por conta das palavras oficiais. Do clube que lamentou por sua vítima. Do defensor que esqueceu o mais importante: respeito ao próximo, ao companheiro de profissão, ao ser humano.

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