Nivaldo de Cillo estreia coluna de Esporte falando de Raí

Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, tem usado o mesmo antídoto contra seu trabalho severamente criticado como presidente do São Paulo Futebol Clube. Para ganhar as últimas eleições, fez uma contratação vista como arrojada e bombástica: chamou o ídolo Rogério Ceni para ser treinador da sua equipe. Mas o demitiu na primeira turbulência. Agora ele tenta, outra vez.

Todo mundo sabia que faltava “cancha” para o goleiro-ídolo na missão de dirigir a equipe principal do tricolor paulista. As eliminações sequenciais de competições importantes em 2017 fizeram com que Leco apertasse o gatilho, virando as costas para um dos principais atletas da história tricolor.

Quem garante que Leco será diferente com Raí ? O ex meia tricolor nos anos 90, fundamental para algumas das principais conquistas do clube, acaba de assumir como diretor executivo de futebol. Raí terá a missão, entre outras atribuições, de participar da montagem do elenco para a temporada 2018. E se os tropeços – naturais de um início de trabalho – vierem, ele terá respaldo, ou será mais uma vítima do presidente “Pôncio Pilatos” que lavará as mãos e condenará o “acusado”?

Raí se preparou ao longo do tempo para assumir o posto que agora se oferece. Há 25 anos, explodiu o peito do torcedor são-paulino ao fazer um golaço de falta contra o Barcelona – já uma potência na época – ajudando a faturar o mundial interclubes de 92.

Raí e Rogério Ceni têm trajetórias parecidas na equipe do Morumbi. Tomara que fora das quatro linhas, escrevam capítulos diferentes.

Ou será que o camisa 10 corre o mesmo risco do camisa 1? Só o tempo dirá. O que não pode é transformar ídolos em sacos de pancada. A história, no futuro, saberá para que lado pender.

Boa sorte ao competente e sério Raí que tal como Rogério Ceni, merece respeito.

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