Andréa Ignatti: Final, afinal

final

Acabou o estadual. Bahia, campeão baiano. Flamengo, campeão carioca. Avaí, campeão catarinense. Fortaleza, campeão cearense. Cruzeiro, campeão mineiro. Athletico, campeão paranaense. Corinthians, campeão paulista. Sport, campeão pernambucano.

Se você não ganhou o campeonato, resta desembrulhar vagarosamente um bombonzinho que foi deixado abandonado sobre a bancada da cozinha, junto com a embalagem do ovo de Páscoa que, na verdade, nem foi você que (também) ganhou.

Mas não se encha de chocolate, não, meu caro. Amanhã você se arrepende. O prêmio de consolação é agridoce.

Aproveita a onda e confere se o campeão vai enfrentar seu time na abertura do Brasileirão. Começa já no próximo final de semana, tá ligado?

Aproveita, também, o espírito da Páscoa, e pega esperança nova, dá uma renovada nesse seu time aí: treinador ponta-firme dentro, jogador perna-de-pau fora; treinador bola-fora fora, jogador bola-dentro dentro. Só dinheiro no bolso, fora. Só campeonato perdido, fora. Só bola recuada, fora. Jogo feio, jogo bonito, gol, vitória, consistência, dentro.

Não se contente com pouco. Não se contente só com um bombom. Não deixe ficar no “quase”. Entra no Brasileirão com a bola toda. Não dá mole pra esse pessoal de rojão, fogos, buzinaço, música alta, festa e gritos na rua, não.

Pensa que — ufa! — acabaram os estaduais. Parte pra outra. Olha pra frente. Pensa no futuro. Parte pro Brasileiro.

Chocolate amargo faz bem pro coração, amigo.

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