Iramaia Loiola: Minhas uvas preferidas

Querido Vinho,

 

A semana voa. Já estamos na sexta novamente. As coisas mudaram um pouquinho entre nós. Intensificaram-se. Nos encontramos mais vezes na semana e ando tentando até uns testes às cegas a fim de adivinhar qual a uva da noite. Por falar em uvas, tenho as minhas preferidas. Quer dizer, dentre as que já experimentei, não é? Há todo um universo gigante a ser desvendado ainda. E eu adoro a possibilidade de um dia poder vir a conhecer várias outras. 

Quero falar de 4 delas hoje: Merlot, Cabernet Sauvignon, Malbec, Carménère. São bastante populares e você pode começar provando delas. Meus comentários serão sobre vinhos do Chile ou Argentina, ou seja do novo mundo. Os vinhos europeus feitos com as mesmas uvas apresentam características distintas, ok?

 

Merlot: Macio, fácil de beber com aroma de frutas negras. O nome “Merlot” vem do diminutivo de “Merle”, que em francês significa pequeno pássaro preto, espécie que se deliciava dessa uva especialmente quando estava bem madura e doce.

 

Cabernet Sauvignon: Coloração bem escura, vinho encorpado. Uma complexidade de aromas: groselha, amora, mirtilo, ameixa. Notas herbáceas de café, tabaco e baunilha. Essa uva tem casca bem grossa e por isso é rica em taninos. Para harmonizar vá de carne mais gordurosa como o porco; se o vinho for jovem com mais taninos presentes e se for envelhecido já com os taninos “domados” vá de costela, molhos pesados com base de creme branco ou manteiga, ou como melhor lhe aprouver. Harmonização boa é aquela que mais te agrada. Eu gosto de tomar vinho sozinho..rsrs

 

Malbec: Coloração intensa e escura. Acidez moderada. Taninos macios. Frutas vermelhas e ameixas maduras. A origem não é confirmada, dizem que o nome “Malbec” teria surgido a partir de um viticultor húngaro, que fez muito pelo cultivo e expansão desse tipo de casta na Europa.

Seu nome era Malbek, com “K” no final. Eu sempre invisto num bom vinho argentino Malbec. Não tem como errar. Afinal a Malbec, originária da França, adaptou-se bem ao clima e solo da Argentina. É a casta mais popular naquele país.

 

Carménère: Palavra francesa que significa vermelho intenso. Suavidade nos taninos. Aroma de cereja com notas de café e chocolate. Muito parecida com a uva Merlot. Inclusive foi cultivada como Merlot durante um bom tempo até descobrirem que se tratava da Carménère, espécie extinta no seu país de origem, a França, devido a um praga chamada Filoxera. A diferença entre as duas está no tempo de maturação. A Carménère é colhida 3 semanas depois, as safras são reduzidas para que no tempo da colheita ela esteja bem madura. Quando não estão maduras suficientes, os vinhos dessa uva apresentam aroma de pimentão verde. 

 

Agora vão ao mercado e descubram das que mais vocês gostam. Para acompanhar hoje vamos de música francesa. Afinal é de lá que vem minhas uvas preferidas. Cyrille Aimée, guardem esse nome. Ouçam, explorem mais sobre ela. Vale super a pena. À bientôt (até) Nos vemos daqui a pouco, sexta, aqui neste mesmo horário. Santé! 

4 respostas

  1. Isso mesmo, quando se trata de vinhos do Novo Mundo vamos pelas castas. Temos os varietais que são vinhos de uma única casta ou os cortes que são mistura de duas ou mais castas.
    No Velho Mundo o vinho caracteriza-se pelo terroir que também pode ter somente uma casta ou várias. Assim, dificilmente as safras são iguais. Você tem no mesmo terroir vários tipos de castas juntas e misturadas. Um ano uma amadurece mais cedo, no outro ano, outra. Isso vai fazendo essa variedade que é esse grande barato do vinho.
    ??

    1. Hélio, por isso somos apaixonados pelo mundo do vinho. Tanto a desvendar, não é? Eu adoro cada vez mais. Sempre me inteirando um pouco mais sobre o assunto e experimentando que é o mais prazeroso nesse processo todo. Vamos juntos! Continue com tuas colaborações aqui. Gosto muito. Um abraço e até a próxima!

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