Priscilla Bisognin estreia coluna “Boulangerie”

Muito Prazer!

Esta semana é a minha estreia no Portal do Andreoli, por isso gostaria de me apresentar e contar para vocês um pouquinho do que iremos falar nessa coluna semanal.

Sou natural do estado do Paraná, mais especificamente de uma cidade no oeste chamada Toledo. É em Toledo também onde possuo meu negócio: uma padaria artesanal que se diferencia por trabalhar com ingredientes orgânicos, processos de fermentação longa e natural.

Apesar da minha paixão pela panificação, ela nem sempre fez parte da minha vida. Minha formação profissional aconteceu quase que inteiramente na Engenharia química. Sou engenheira pela UNIOESTE (Universidade Estadual do Oeste do Paraná), mestre em Engenharia pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e atualmente estou perto de concluir um doutorado em Engenharia também pela UFSC, além disso também lecionei na Engenharia Química durante 2 anos.

Durante quase toda a minha vida, a cozinha para mim foi um hobby, uma grande paixão que eu, filha de funcionários públicos, nem podia imaginar que pudesse se tornar minha profissão.

Meus primeiros passos na gastronomia aconteceram na confeitaria, já no início da minha adolescência – digamos que a vontade de comer muitos doces contribuiu para este processo. O fato de morar no interior e não ter disponível muitas das coisas que estavam surgindo, como cupcakes, me impulsionava a buscar receitas e criar meus próprios doces. Com 17 anos eu me tornei vegetariana, o que me aproximou ainda mais da gastronomia, e isso me levou a descobrir alternativas à carne e principalmente a descobrir a culinária do oriente e do mediterrâneo.

A panificação, porém, surgiu na minha vida apenas quando eu já estava no doutorado, morando em Florianópolis. Viver em uma capital me deu a oportunidade de conhecer diferentes tipo de pães e produtos de viennoiserie (folhados e brioches). Foi paixão a primeira mordida!! Eu já havia experimentado essas coisas no exterior, mas nunca tinha passado pela minha cabeça encontrar pães de fermentação natural e croissants em terras brasileiras. Isso me levou a estudar muito sobre o assunto, no início com muitos livros (eu tenho uma biblioteca com mais de 100 títulos sobre gastronomia) e posteriormente com cursos. Quando retornei à Toledo me aprimorei ainda mais, já que não tinha estes produtos disponíveis, sendo que a única forma de consumi-los era fazendo em casa mesmo.

Depois de quase 2 anos como professora, decidi que queria ter meu negócio, apesar de adorar a docência e ter um carinho enorme pelos meus alunos, senti que queria um desafio maior. Assim surgiu a Cannelé Pães Artesanais. No início, os desafios foram enormes e foi necessária muita coragem e aquele empurrãozinho da minha mãe para que o projeto se concretizasse, mas o aprendizado ganho foi inestimável.

Além de lidar com a parte empresarial eu também assumi a cozinha, por isso busquei aperfeiçoar minha formação, fazendo cursos na Levain, escola de panificação de Rogério Shimura, e indo a França para visitas técnicas e aulas, inclusive com um padeiro premiado por duas vezes como melhor Baguete de Paris.

Na minha coluna vou compartilhar, semanalmente, receitas e dicas para os amantes da panificação. Quero desmistificar a ideia de que fazer pão é difícil, mas ao mesmo tempo mostrar a incrível alquimia que acontece nesse processo.

Ficarei muito honrada em ter a companhia se vocês semanalmente e adoraria ouvir opiniões e ideias sobre quais receitas e assuntos devo trazer na minha coluna. Vocês podem deixar ideias e opiniões na seção de comentários ou mandar mensagens nas minhas redes sociais.

Mais uma vez muito prazer e espero que vocês me acompanhem nesta jornada. Até semana que vem!

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