O aumento das vendas on-line não é uma novidade. As empresas encontraram no e-commerce um canal de vendas mais prático enquanto o consumidor também descobriu nesse formato um meio otimizado e cômodo de fazer as compras, com preços mais competitivos também.
Mas o fato é que o comércio eletrônico está evoluindo e inovando mediante os novos recursos tecnológicos e também para atender as exigências do consumidor.
Por isso, vejamos algumas tendências que estão em alta este ano e devem ser exploradas para que o seu e-commerce se destaque maximizando resultados e fidelizando seus clientes:
1. Produto certo e qualificação para a demanda
Conheça bem o seu público e se mantenha atento ao que ele quer, focando em suas necessidades e não em itens supérfluos. Trata-se de ter o produto certo, para o público correto na hora em que ele realmente precisa, e ainda assim com um bom estoque para atender a demanda sem ocasionar atrasos causados pela falta de mercadoria.
2. Entrega rápida
Entregas rápidas e que cumprem o prazo prometido são fatores que influenciam na hora da compra. Muitos consumidores compram onde sabem que a entrega é rápida e precisa. Mas isso não é o bastante, para manter a fidelidade do cliente, permita que ele acompanhe todo o trajeto do produto, desde o envio até o recebimento, fornecendo a ele todas as informações de rastreio.
3. Respeito ao Cliente
Uma tendência óbvia e que deveria ser básica, mas para o qual algumas empresas não tem dado tanta atenção. Sabemos que contratempos podem acontecer e comprometer as entregas ou até mesmo em alguns casos, a integridade da mercadoria, então, é importante fazer o possível para evitar qualquer situação de dano, e caso aconteça, é preciso manter o cliente informado sobre o que está acontecendo e apresentar de imediato a solução do problema.
4. Social Commerce
O social commerce é a presença constante para as vendas nas redes sociais, que vão além de uma ferramenta para conectar pessoas. Hoje, elas são os lugares onde marca e consumidor otimizam negócios e estreitam relações, logo, também se tornaram um ótimo canal de vendas com meios para receber os pagamentos diretamente, seja via Pix ou WhatsApp.
5. Abordagem adequada
Hoje em dia o cliente se transformou em um consumidor passivo, capaz de realizar qualquer compra navegando pelas redes sociais ou lendo um site de notícias, mas a abordagem deve ser diferente e específica para cada canal.
Na venda pelas redes sociais por exemplo, o conteúdo deve ser mais envolvente, trabalhando o conceito, valores e mostrando o produto ou serviço na íntegra, apresentando-o ao consumidor.
Já quando o consumidor está navegando na internet, procurando pelo produto em sites de busca, a abordagem deve ser direta, breve e promocional, pois ele já sabe o que quer, já decidiu que vai comprar, e só precisa de uma mensagem de fundo de funil, ou seja, de um conteúdo curto e focado na venda, no preço e vantagens, mostrando que aquela é realmente a melhor opção para ele.
6. Omnichannel
Omnichannel é a estratégia que estreita as relações do ambiente físico com o virtual e seus consumidores. É a ação que consiste em oferecer todos os canais possíveis de venda para melhor comodidade do consumidor. Através do Omnichannel, você pode comprar um produto pelo e-commerce ou app e retirar na loja física, ou ir até a loja física, conhecer o produto, solicitar a compra com um vendedor do local, mas pedir que a entrega seja feita na sua casa, ou finalizar a compra pelo app.
7. Big data
Quanto mais informações sobre o cliente, melhor, pois através destas informações é possível criar e oferecer um conteúdo personalizado.
As redes sociais por exemplo, são o local onde os usuários mais gastam seu tempo, justamente por terem um conteúdo personalizado por eles mesmos, já que seguem apenas páginas e perfis do seu interesse.
A captação de dados possibilita insights que auxiliam nas estratégias de marketing e vendas, mas é preciso lembrar que essa coleta de dados deve respeitar as regras estabelecidas pela LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados).
Porém, da mesma forma que você busca por informações do cliente, ele também busca por informações do produto que você oferece, então, não economize informações sobre os itens no seu e-commerce.
8. Inteligência artificial e automação
Essa realidade na qual a capacidade humana é simulada em máquinas, já está inserida em produtos, serviços e suas relações com o consumidor. Ela atua em uma busca constante por dados que construam informações para estreitar a conexão entre robôs e seres humanos.
Os chatbots, por exemplo, já são uma realidade através da qual podemos adquirir informações trocando mensagens com um assistente virtual que automatiza o serviço de atendimento. Já conversamos com robôs várias vezes, seja por mensagem de texto ou por um simples comando de voz, e essa é uma tendência que veio para crescer pois as empresas estão cada vez mais automatizadas.
9. Metaverso
O Metaverso no e-commerce consiste na experiência de comprar os produtos em realidade virtual.
Por exemplo, ao comprar móveis para a casa, basta apontar a câmera do celular para o local onde quer que o móvel se instale e visualizar o resultado virtualmente. Da mesma forma, é possível comprar imóveis, roupas ou outros acessórios, pois o óculos Metaverso ou óculos de realidade virtual, cria o efeito de estar caminhando dentro do imóvel desejado, ou de se enxergar com o look da moda.
10. Voice Commerce
O Voice Commerce é um recurso que permite adquirir produtos ou serviços através de uma simples mensagens de voz. Basta acionar a inteligência artificial, fazer o pedido e aguardar a mágica acontecer. Sim! O pedido é entregue na sua casa ou no endereço que você cadastrou.
Isso mostra que todos os recursos que otimizam a comunicação e o processo da compra são muito bem-vindos, e assistentes do recurso de voz como Siri, Alexa, assistente do Google e outros, ganharão ainda mais força.
11. Recommerce
O recommerce é algo bem conhecido no mercado. Trata-se de colocar à venda um produto usado que você não quer mais ou até mesmo um item reformado. Funciona como um tipo de brechó on-line, e já existem muitos sites e perfis oferecendo esse tipo de serviço, onde os custos também podem ser um atrativo.
12. Pagamento instantâneo
Aguardar que o pagamento seja aprovado para a liberação do pedido está se tornando um procedimento do passado.
Existem ferramentas que possibilitam o pagamento imediato, como o Pix, que efetua o pagamento em poucos segundos funcionando diariamente, por 24 horas.
Já o WhatsApp para negócios, segundo o Panorama Mobile Time/Opinion, cresceu mais de 200% em 2021, e a intenção para 2022 é que os pagamentos sejam realizados dentro da própria plataforma, através do WhatsApp Pay, otimizando tempo e todas as funcionalidades.
13. Plataformas com rastreio de preços
O mesmo produto em diversos lugares por preços diferentes é algo bem comum no e-commerce, e a diferença significativa entre um preço e outro é o fator que faz o consumidor pesquisar muito antes de comprar. Por essa razão, plataformas que fazem o rastreio desses preços para o consumidor, estão ganhando sua confiança e cada vez mais espaço no mercado.
14. Dinâmica visual
Chame a atenção com conteúdos dinâmicos. Explore o visual não só com imagens estáticas de boa qualidade, mas invista em fotos 360º, afinal você precisa mostrar o seu produto e o consumidor aprecia e procura por detalhes, principalmente quando pode dar zoom ou girar a imagem para ver o produto de todos os ângulos.
Os vídeos ou pequenas animações dos produtos também contribuem para um conteúdo diferenciado no seu e-commerce, que podem ocupar o espaço de banners institucionais e principalmente promocionais.
15. Mercado de infoprodutos
Um e-commerce não vende apenas produtos físicos, ele vende serviços também, e entre estes serviços estão os infoprodutos, produtos digitais basicamente compostos por informações. Cursos on-line, webinars, e-books, videoaulas e outros conteúdos digitais são considerados infoprodutos, e que ganharam força com a pandemia, se transformando em uma grande oportunidade de negócios digitais.
E por último mas não menos importante…
16. Sustentabilidade
A sustentabilidade não é mais uma opção e sim praticamente uma obrigação mediante o olhar crítico e exigente do consumidor. O fato do e-commerce funcionar em ambiente digital, já o torna mais sustentável por consumir menos energia e insumos tendo menos despesas no geral.
Mas mesmo assim, deixe o consumidor saber que você trabalha com recursos sustentáveis. Invista em selos ou explore esse apelo na rotulagem dos seus produtos. Invista em embalagens recicladas, biodegradáveis ou reutilizáveis, não só para o produto mas para as embalagens que vão transportar esse produto até o cliente.
Pratique ações de responsabilidade social e reserve um espaço no seu e-commerce para identificar que seu site e seus produtos são sustentáveis e relate como isso funciona, através de textos e imagens.
As marcas engajadas em recursos sustentáveis tendem a ser as preferidas para o consumo.
Enfim, todas estas tendências oferecem possibilidades, basta adequar o que for possível ao seu e-commerce, com criatividade e muita estratégia para se destacar neste segmento maximizando seus resultados e fazendo com que a experiência dos seus clientes com a compra on-line seja cada vez melhor.
Por Kacau
Imagem de Capa: Pexels
**O conteúdo e informação publicados são de responsabilidade exclusiva do colunista e não expressam necessariamente a opinião deste site.
