Kacau: Por que as empresas devem humanizar suas marcas?

Ter uma marca bem conceituada e com credibilidade no mercado, não é mais o suficiente mediante o perfil do consumidor moderno. Hoje, o mercado precisa conexão, abrangência, empatia e recursos que estreitem os laços com o consumidor, ou seja, a marca precisa ser humanizada.

Mas, humanizar uma marca é uma tarefa que exige um trabalho diário junto dos seus consumidores, pois para isso é necessário construir uma relação mais forte e mais próxima do seu público, e essa relação vai muito além da oferta de um produto.

Uma marca humanizada é aquela que trabalha estreitando as relações com o cliente, interagindo com ele e em prol dele, de diversas formas, mostrando seus objetivos, missão, valores e soluções através de uma linguagem acessível com a qual todos se identifiquem.

Humanizar a marca é adotar uma estratégia eficaz que fortalece as ações de marketing e a fidelização dos clientes. Essa estratégia reforça a imagem positiva do negócio pois visa compreender as necessidades, dificuldades e preocupações dos mesmos.

Como humanizar uma marca
Personalidade

Para humanizar a marca, é preciso personalizar, criar uma identidade única para que ela seja diferenciada e identificada facilmente entre os concorrentes, tendo o seu estilo próprio.

A temática, os elementos visuais e a identidade corporativa, devem se posicionar na mente dos consumidores levando uma mensagem positiva e de confiança.

Acessibilidade

A acessibilidade é o caminho para quem busca uma aproximação rápida com o público. Para isso, é importante ter uma linguagem acessível e adequada com a qual o público se identifique.

Porém, a acessibilidade vai além da linguagem. Ela também consiste em um acesso fácil e suporte rápido com menos burocracias na hora de resolver dúvidas ou problemas, levando aos clientes soluções imediatas e satisfatórias.

Transparência

O consumidor moderno aprecia marcas que são “gente como a gente”. Mostrar o produto em sua fiel realidade, sem artifícios para impressionar e sim bem como ele se encaixa na vida real e diária das pessoas é o que cativa o público e faz com que ele se identifique à marca.

Nesse contexto, compartilhar depoimentos, opiniões e as experiências do público com o produto, criam uma atmosfera de familiaridade entre marca e consumidor.

A transparência também tem a ver com assumir os erros, levando a solução e fazendo disso uma oportunidade para crescer, aperfeiçoando ainda mais o produto ou serviço.

Storytteling, valores e missão

Antigamente um produto era adquirido pela sua propaganda e promoção, hoje, o consumidor moderno busca no produto valores e ideais que combinem com os seus.

As pessoas gostam de ouvir histórias envolventes e emotivas que criam uma aproximação maior com a marca. Portanto, contar como tudo começou, independente das dificuldades, assim como deixar claro quais são os valores e a missão da empresa, podem gerar uma afinidade e empatia maiores com o público que busca muito mais do que uma boa oferta ou promoção, mas sim, valores agregados ao produto e os benefícios que eles podem proporcionar.

Presença ativa nas Redes Sociais

Marcas que se mostram presentes e possuem uma boa comunicação com o seu público, conseguem uma interatividade e engajamentos maiores, por isso, nas redes sociais é preciso interagir com empatia, oferecendo mais do que produtos, e sim, conceitos, ideais e soluções.

Ao mesmo tempo, é importante valorizar e analisar atentamente ao feedback, prestando todo o suporte possível não só on-line mas off-line também.

Devemos lembrar que o perfil de uma marca ou empresa nas redes sociais, é uma pessoa, e essa pessoa deve ser simpática, confiante, atenciosa, interessante e conquistadora.

Mostrar os bastidores

O público gosta e tem curiosidade em saber quem são as pessoas envolvidas no processo do produto ou serviço.

Por isso, mostrar como a mágica acontece junto da equipe que faz ela acontecer, cria uma relação de proximidade e credibilidade com o consumidor.

É interessante mostrar a rotina da empresa com seus funcionários e colaboradores, compartilhando fotos da equipe em seu ambiente de trabalho da forma mais amigável e genuína possível.

Pessoas

A humanização da marca começa nas pequenas relações internas da empresa, entre funcionários, colaboradores e parceiros. Essa relação se torna o reflexo da relação da empresa com o consumidor.

Na humanização da marca, as pessoas, suas necessidades e direitos vem em primeiro lugar, e os clientes devem ser analisados não apenas como consumidores, mas como seres humanos repletos de sentimentos e emoções.

Humor

O humor é uma estratégia que atrai a atenção e suaviza qualquer situação quando bem empregado. Usar e abusar da criatividade com os memes por exemplo, tem sido um recurso muito usado pelas marcas nas redes sociais.

Toda a marca que busca a humanização, precisa explorar o seu lado engraçado, ou criar uma situação cômica com o produto, sem que ela seja ofensiva ou vulgar.

Prestar a atenção no público

O público tem necessidades, anseios e desejos que devem ser supridos imediatamente. Identificar essas necessidades e oferecer a solução, se tornam um diferencial da marca.

Ao mesmo tempo, o público reage ao que consome, e quando reage de forma positiva é importante compartilhar o conteúdo gerado, pois esse tipo de conteúdo se torna uma referência com uma relevância muito maior.

Responsabilidade social

Humanizar a marca com responsabilidade social é quando a marca assume um compromisso com a sociedade, defendendo e apoiando causas sociais e ambientais. É oferecer produtos sustentáveis ou que sejam produzidos com esses recursos. Essa ação também consiste em valorizar e respeitar o meio em que vivemos, as pessoas e seus direitos, com zelo e preocupação, demonstrando características humanas.

Contato humano

A tecnologia trouxe a automatização, onde o contato entre pessoas e robôs é uma tentativa de otimizar tempo oferecendo um atendimento mais rápido, porém, essa não é a relação mais adequada para a aproximação com o público ou para a humanização de uma marca, e convenhamos, nem sempre funciona.

É extremamente desagradável quando ligamos para alguma empresa em busca de uma solução e o atendimento automático nos joga para o menu das opções para tentar resolver a situação. Muitas vezes perdemos tempo, paciência, e o pior, finalizamos a ligação sem a solução do problema e totalmente insatisfeitos, além do que, robôs são frios, impessoais e nem sempre trazem solução, conforto e segurança.

Tanto que para amenizar um pouco a frieza dos robôs, algumas marcas criaram personagens virtuais, ou avatares, que podem ser uma reprodução de pessoas da vida real ou personagem fictícios, mencionados na matéria Avatares, os Novos Influenciadores Digitais, para conversar de forma mais próxima com os clientes e com mais envolvimento.

Ao contrário, o contato pessoal facilita conversões abrindo as portas para novos negócios e principalmente estreitando a conexão entre marca e consumidor.

Conhecer e respeitar os limites

Não ser invasivo, não ligar, não mandar e-mail, não enviar SMS e não “brotar” no WhatsApp de nenhum cliente sem que este esteja de acordo ou dê permissão para tanto.

Cuidado com a LGPD!
(Lei Geral de Proteção de Dados)
Esta sigla significa respeito.

Quando a marca começa a aparecer por toda a parte tentando forçar uma situação, ela se torna chata, inconveniente, e pode promover um efeito contrário.

Abordar é uma arte, e a marca precisa criar situações para que o cliente a procure, para isso, uma das estratégias mais adequadas é o Inbound Marketing, que ao contrário do marketing tradicional onde as estratégias fazem a marca ir atrás dos clientes, no Inbound Marketing, as estratégias criam situações e mecanismos de busca para que a marca seja encontrada através de conteúdos relevantes, elaborados e planejados pelo Marketing de Conteúdo, estabelecendo relações mais sólidas e de grandes oportunidades.

O fato é que todas essas práticas criam um elo maior entre marca e consumidor, proporcionando novas oportunidades de negócios e fidelizando clientes.

A humanização bem sucedida de uma marca, é aquela que consegue conquistar o público pela paixão e respeito com os quais constrói e oferece seus produtos e serviços, seja ao consumidor ou à sociedade, e acima de tudo, é aquela que consegue oferecer não apenas produtos, mas sim, empatia e satisfação emocional, proporcionando as seus clientes, as melhores situações e experiências possíveis.

Por Kacau

Imagem de Capa: Pixabay

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