Kacau: O posicionamento das grandes marcas mediante as sanções contra a Rússia

Há praticamente 3 semanas, Rússia e Ucrânia tem desviado um pouco a atenção da Covid-19 para outros tipos de problemas.

Como se não fosse o bastante, após o trauma de uma pandemia que na verdade ainda não chegou ao fim, uma guerra do outro lado do mundo promove a devastação, e ao mesmo tempo grandes mudanças econômicas, políticas e sociais pelo mundo inteiro.

As sanções contra a Rússia por conta da invasão à Ucrânia, tem inviabilizado os negócios dificultando transações financeiras com o país, e isso está mobilizando as maiores empresas do mundo.

Não só como uma forma de boicote e posicionamento contra a invasão russa na Ucrânia, mas também pelo fato de um mercado ameaçado, muitas das maiores empresas do mundo, estão encerrando suas atividades e fechando suas portas em território russo.

Hoje, em uma visão de marketing, as marcas que apoiam, patrocinam ou seguem na parceria com pessoas ou instituições que tenham atitudes negativas, são cobradas, pressionadas, julgadas, perdem a credibilidade e clientes também, e esse é mais um fator que soma na decisão de tantas marcas estarem encerrando suas atividades na Rússia.

Vejamos como algumas marcas se posicionaram perante a guerra do mundo moderno:

LVMH, Prada, Chanel, Hermès, Burberry, Gucci, Cartier, Christian Dior e Zara

Algumas grifes do mercado da moda anunciaram o fim de suas atividades em território russo. A LVMH, dona da Louis Vuitton, fechou suas lojas na Rússia, mas continua prestando suporte aos seus funcionários e fazendo doações ao país.

As marcas Prada, Chanel, Hermès, Burberry, Gucci, Cartier, Christian Dior e Zara, também fecharam as lojas por tempo indeterminado. Zara e Chanel suspenderam inclusive as vendas on-line para o território. A Chanel declarou que a preocupação com os funcionários é a prioridade, e que também continuará prestando apoio aos seus colaboradores.

Adidas, Nike e Puma

As três marcas fecharam todas as lojas físicas e suspenderam as vendas on-line. A Adidas foi ainda mais longe e também rompeu o contrato de patrocínio com a Federação Russa de Futebol, e a Nike está doando US$ 1 milhão à (Unicef) e ao Comitê Internacional de Resgate para auxiliar a Ucrânia.

Ikea

Umas das maiores lojas de móveis de decoração do mundo, suspendeu suas atividades na Rússia e em Belarus, porém, a empresa continuará prestando auxílio aos seus funcionários e suas famílias.

BP, Shell e Exon

As gigantes do petróleo, BP e Shell, anunciaram o fim das suas operações russas, assumindo uma perda de alguns bilhões. A Shell anunciou também, que não comprará mais petróleo e gás da Rússia. Enquanto isso, a ExxonMobil, declarou que vai abandonar o Sakhalin-1, seu último projeto na Rússia, e que também não investirá em novos empreendimentos no país.

Ford, Renault, Volvo, Harley-Davidson, GM, Jaguar Land Rover, Toyota e Hyundai

A montadora Ford anunciou a suspensão de suas operações na Rússia, sem previsão de retorno, mas se comprometeu com a doação de US$ 100 mil dólares para auxílio humanitário à Ucrânia.

A Renault suspendeu todas as suas operações em algumas montadoras na Rússia, alegando a falta de suprimentos, e por esse mesmo motivo, a Hyundai declarou que a sua segunda maior fábrica da Rússia, localizada na cidade de São Petersburgo, também vai interromper suas atividade.

A Volvo, Harley-Davidson, GM, Jaguar Land Rover e Toyota, suspenderam as vendas no território. A decisão da Volvo por exemplo, não tem previsão para retorno, e não só os automóveis, mas os caminhões também estão no embargo.

A Harley, apesar de não ter nenhum setor de fabricação instalado na Rússia, também cancelou as exportações por tempo indeterminado. A Toyota, tendo uma única fábrica no território, adotou o mesmo procedimento da Harley.

Boeing, Airbus e Embraer

A grande empresa americana de aviação, a Boeing, suspendeu os serviços de apoio às companhias aéreas da Rússia, incluindo os serviços técnicos e de manutenção. Além disso, suspendeu a entrega de peças e declarou que as compras de titânio da Rússia também estão suspensas. A empresa garantiu que possui estoque suficiente e outras fontes que lhe forneçam esse insumo.

Seguindo os mesmos passos, a Airbus interrompeu o envio de peças à Rússia. A empresa também não está mais prestando suporte às companhias aéreas russas., e o Centro de Engenharia da Airbus na Rússia, o ECAR, está avaliando se as exportações serão mantidas ou não.

A empresa brasileira Embraer, também suspendeu o fornecimento de peças, manutenção e suporte técnico.

MSC e Maersk

Dificultando ainda mais o mercado com a Rússia, as empresas de transporte marítimo Maersk e MSC Cargo, anunciaram a suspensão temporária do transporte de contêineres que saiam da Rússia ou que tenham o país como destino. Outro fator importante nessa decisão, foram as seguradoras desse tipo de transporte, que também estão encerrando as atividades no território, mediante os grandes riscos de danos.

Visa, Mastercard, American Express e Swift

As três bandeiras anunciaram a suspensão de seus serviços na Rússia, bloqueando várias instituições financeiras, e a American Express estendeu a regra para Belarus.

Os cartões da bandeira Visa emitidos na Rússia, não funcionarão fora do país, e os cartões Visa emitidos em outros países também não serão aceitos no sistema russo. Para a bandeira Mastercard, os cartões emitidos pelos bancos russos, não serão aceitos pela empresa, e os cartões emitidos em outros lugares também não serão aceitos na Rússia.

Essa medida já está trazendo sérios problemas para vários turistas russos, que estão fora do país tentando retornar, mas não conseguem usar seus cartões.

Enquanto isso, o Swift, que tem como objetivo facilitar as operações financeiras mundiais, neste último sábado, entrou com uma das principais retaliações econômicas à Rússia, a exclusão de sete bancos russos: Promsvyazbank, Sovcombank, Otkritie, Novikombank, Rossiya, VTB e VEB.RF. Estes bancos estão bloqueados e suspensos do sistema, o que inviabiliza o fluxo de capital e dificulta as transações financeiras.

Apple e Microsoft

A Apple suspendeu várias atividades na Rússia, cancelou as exportações e interrompeu as vendas fechando as lojas, inclusive a loja on-line, colocando todos os produtos como indisponíveis.

A Microsoft vai banir a mídia estatal russa de suas plataformas como uma forma de apoiar a Ucrânia. Com o bloqueio, os aplicativos russos Today e Sputnik não serão mais exibidos na Microsoft Start, principalmente no MSN.com do mundo inteiro. Ao mesmo tempo, os softwares para a instalação dos canais destas mídias, serão removidos da loja de apps. O objetivo da Microsoft é combater as campanhas e informações manipuladoras lançadas pela Rússia no momento.

Google e YouTube

O Google suspendeu a venda de anúncios na Rússia, ou seja, proibiu anúncios dos meios de comunicação estatais do país, além disso, desativou temporariamente algumas ferramentas do Google Maps, que fornecia informações precisas e ao vivo sobre a Ucrânia, como medida de segurança.

As restrições se estenderam ao YouTube, subsidiário do Google, que interrompeu temporariamente a monetização de diversos canais russos, além de limitar a divulgação de recomendação desses canais.

Netflix

A Netflix deixará de incluir 20 canais públicos no país e também suspendeu todos os seus serviços na Rússia. A empresa cancelou futuros projetos em território russo, incluindo algumas produções originais que já haviam iniciado. A líder do streaming também não transmitirá canais ao vivo e gratuitos para os assinante russos.

Meta

A Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, anunciou que vai alterar o algoritmo dificultando o acesso a conteúdos relacionados à mídia estatal russa. Além disso, usuários que tentarem compartilhar links para páginas estatais poderão ser banidos. Meios de comunicação como RT e Sputnik já estão com acessos restritos nas plataformas da empresa que excluiu várias contas falsas de apoio à Rússia e que espalhavam fake news contra a Ucrânia. A empresa está trabalhando rigorosamente para a segurança de suas informações e conteúdo, além da segurança de seus usuários e claramente no combate aos conflitos.

Tik Tok

A plataforma de vídeos também bloqueou os canais RT e Sputnik apoiados pela Rússia. Além de exigir que conteúdos sobre a operação militar não sejam recomendados à menores de idade.

Twitter

O Twitter adotou medidas similares as da Meta, no que diz respeito aos conteúdos da mídia estatal russa, reduzindo a visibilidade de conteúdos relacionados à guerra, que tem ganhado engajamento desde o início do conflito.

Spotify

O Spotify fechou seu escritório na Rússia por tempo indeterminado e é mais uma entre as empresas que removeram todo conteúdo estatal das mídias RT e Sputnik da plataforma na União Europeia, EUA e em outros países, exceto Rússia. A empresa alegou que sua prioridade é a veracidade do conteúdo e a segurança de seus usuários.

Paypal

Uma medida adotada em 2020 já havia suspendido alguns serviços internos na Rússia desde então. Agora, os russos não podem contar com mais nenhum serviço da empresa de pagamentos. A empresa apenas continuará trabalhando para realizar saques de clientes da Rússia por um determinado período, apenas para cumprir a lei, finalizando as atividades depois disso.

Disney, Warner e Sony

O mundo do entretenimento também se mobilizou e a Disney, a Warner e a Sony cancelaram as estreias de seus filmes nos cinemas da Rússia. A Disney vai interromper todos os seus negócios no país e cancelar o licenciamento de seus produtos. Somente o canal de TV Disney Channel continuará sendo exibido por questões contratuais.

McDonald’s

Uma das líderes do fast food também anunciou a suspensão de suas atividades na Rússia. A rede fechou 847 lojas temporariamente no território, assumindo uma perda de US$ 50 milhões por mês. A medida fez com que os russos estocassem em suas geladeiras os produtos do Mc, e as imagens viralizaram na internet.

As marcas estão adotando essas medidas e assumindo tal posicionamento em solidariedade à Ucrânia e também para cessar recursos na tentativa de parar a Rússia, e essa estratégia não está trazendo lucros a ninguém, pelo contrário, as empresas estão absorvendo todo o prejuízo.

Por fim, estas são apenas algumas das marcas que se posicionaram, pois existem várias outras que estão suspendendo suas atividade e relações com o mercado russo, entre elas Samsung, Starbucks, PepsiCo, Coca-Cola, Burger king em uma lista imensa que não para de crescer.

Por Kacau

Imagem de Capa: Pixabay

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Uma resposta

  1. A COISA TA PRETA PRA RÚSSIA.SERÁ QUE ELA MERECE ?TUDO ISSO, FOI CONDENADA,SEM SER JULGADA, A MEU VER.MUITAS PESSOAS NÃO CONHECEM O QUE SE PASSA DESDE LA DE TRÁS,ESSA PENIMBA N COMEÇOU AGORA, FOI UMA BOLA DE NEVE QUE ESTOUROU.MUITA GENTE NEM ERA NASCIDA QNDO SURGIU TODA ESSA PICUINHA.ACHO QUE UMA BOA DIPLOMACIA TERIA RESOLVIDO TUDO, MAS CADÊ NOSSO DIPLOMATA DONALD TRUMP, JOGARARAM NO BREJO, AMERICANOS INSENSATOS.AFFE,C CERTEZA C TRUMP NO PODER ESTA GURERRA TERIA SIDI BRECADA.

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