Edson Andreoli: Creatina, o tempero final

Gosto de acompanhar cientistas ligados a Educação Física e a Nutrição, com eles eu adquiro mais conhecimento. Antes de colocar aqui um texto escrito por um desses especialistas, fica a minha recomendação para quando quiserem informações de verdade procurar por quem realmente entende do assunto e não ex participantes de reality shows e nem pseudos entendedores que conhecem mais sobre ciclo de anabolizantes do que de biomecânica, bioquímica e fisiologia.

“A suplementação de creatina se tornou popular a partir da década de 90 e atualmente é um dos suplementos com maior número de publicação na literatura e um dos poucos que realmente funcionam. Arrisco a dizer, que para ganho de massa muscular, é o ÚNICO que funciona (Whey é apenas um substituto de proteína, ok? Frango, por exemplo, faz a mesma coisa). ⠀
A creatina é um composto que ocorre naturalmente em humanos e é obtido a partir da produção endógena e do consumo da dieta (especialmente presente em carne). Com a suplementação, somos capazes de aumentar nossos níveis de creatina e fosfocreatina intramuscular, o que melhora o desempenho esportivo a partir de uma maior capacidade na geração de ATP e redução da acidose metabólica. A suplementação de creatina aumenta a hidratação da fibra muscular, fazendo com que o músculo aumente seu tamanho (ganhos de 1 a 3 kg total) e uma alteração da osmolaridade pode ser um dos mecanismos que levam ao aumento da hipertrofia à longo prazo. Outro mecanismo que se relaciona com ganho de massa muscular é mediado por aumento nas concentrações de fatores de crescimento como o IGF-1 e na atividade de células satélites.

Dose – uma quantidade de 2-5g de creatina por dia já é suficiente para saturar a célula muscular, não sendo necessário uma superdosagem (20g) por 5 dias.

Efeitos colaterais –  Sempre escutamos a respeito de alguns “possiveis” efeitos colaterais da suplementação de creatina, entretanto nenhum estudo até o presente momento documentou alterações gastrintestinais (náuseas, vômito ou diarréia), aumento na incidência de cãibra, alterações cardiovasculares ou danos hepáticos. E apesar de uma maior eliminação de cretinina pelos rins, os estudos avaliados até hoje tem demonstrado que a suplementação de creatina é incapaz de alterar a filtração glomerular e função renal, mostrando que sua utilização é completamente segura.

Além da melhora na performance a suplementação de creatina tem sido estudada e pode auxiliar no tratamento de algumas patologias: atrofia girata, doença de parkinson, doenças mitocondriais, doença de Huntington e algumas distrofias.”

( Prof. Dr. Paulo Gentil e Prof. Dr. Bruno Fischer)

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