Fitness: Sentar-se é realmente o “novo fumar”?

O texto dessa semana está diretamente ligado à realidade de muitas pessoas.

Uma realidade perigosa para a saúde.

Vale a leitura com muita atenção!

“A população passa cada vez mais tempo em atividades sedentárias (~9,6 h/dia; ex: assistir TV). Nos últimos 10 anos, um grande número de estudos tem verificado que o comportamento sedentário seria um fator de risco isolado para a saúde, aumentando o risco de mortalidade e de desenvolver doenças crônicas. A ideia de que esse comportamento representa um risco para a saúde somado às propostas aparentemente simples para combater esse “mal” (ex: levantar-se por 3 min a cada 30 min que passar sentado) chamam atenção e geram “empolgação”. Porém, cabe cautela e sensatez na divulgação desses resultados. Será as notícias divulgadas para a população refletem o real achado dos estudos?

Acaba de sair um comentário comparando os riscos associados ao comportamento sedentário com o tabagismo, tendo em vista muitas notícias fazendo tal comparação. Quando comparamos os riscos de mortalidade desses dois hábitos, a diferença é gritante. O excesso de comportamento sedentário representa um risco 0,2x maior (190 mortes/100000 pessoas), já o tabagismo representa um risco 2,7-4,4x maior (2000 mortes/100000 pessoas). Embora haja um risco associado ao comportamento sedentário, ele é pequeno, ainda mais comparado ao tabagismo.

Há também uma revisão comparando o conteúdo de notícias sobre comportamento sedentário com os resultados dos estudos divulgados. Já podemos imaginar os resultados, não? A divulgação era distorcida, o comportamento sedentário era um super vilão e a atividade física era minimizada. E há uma outra revisão discutindo se já é hora de ter recomendações para redução do tempo sedentário (6 países já possuem). As conclusões vocês já devem imaginar: ainda não é o momento!

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Comportamento sedentário prejudica a saúde? Talvez… Ainda não há suporte para o incriminar ou abolir (e acho que ninguém quer). Essa área é muito recente, isso significa que estudos são necessários para esclarecer esses pontos e que ainda é cedo para recomendações. Em troca, o que é prudente, simples e pode ser incentivado com maior segurança é “Movimentar-se mais, independentemente da intensidade”! Então, respondendo à pergunta: Não, sentar-se não é o novo fumar.”

 

(Ciência InForma) 

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