Letícia Bellusci: A bolsa rompeu, e agora?

Grávidas e acompanhantes de nossas barrigudinhas de primeira viagem! Hoje meu recado é importante e direcionado para vocês! Sei que nos filmes e novelas quando a bolsa rompe é aquele desespero e todo mundo sai correndo para a maternidade, mas na vida real não é bem assim que ocorre. Para começar é necessário entender que na grande maioria das vezes primeiro entramos em trabalho de parto, evoluímos para a fase ativa, na qual temos contrações ritmadas e dilatação maior que 05 cm, para somente após romper a bolsa, normalmente, com uns 07 cm de dilatação do colo uterino. Mas em algumas gestantes, podemos ter a bolsa rota antes de entrar em trabalho de parto, o que chamamos de rotura prematura de membranas ovulares. Lembrando que a palavra prematura aqui se refere ao trabalho de parto e não a idade gestacional. Podemos ter uma rotura prematura com um feto de nove meses de gestação, ok? Mas, enfim, a bolsa rompeu, e agora?

Se acontecer com você da bolsa romper antes de entrar em trabalho de parto, não precisa de desespero, o bebê não vai escorregar assim tão rápido e fácil, bem que a gente queria, não é mesmo? Pode tomar um banho, se arrumar, pegar a mala maternidade e ir para o hospital com calma. Se tiver uma equipe de parto, esse é o momento de comunicar a mesma. Nesse tempo, pode ser que o trabalho de parto evolua e as contrações comessem, mas não tem problema, mesmo para quem pensa em cesárea. Pois nesse momento você está liberando hormônios que ajudam seu bebê. 

Tem alguns sinais de alerta que devemos prestar atenção, e se eles tiverem presentes, devemos ir para o hospital imediatamente. Esses sinais são: ausência ou diminuição da movimentação fetal, sangramento vaginal de moderada a grande quantidade e a saída do líquido da bolsa não ser translúcido. O líquido esverdeado pode ser sinal de sofrimento fetal, necessitando de uma avaliação da vitalidade fetal imediata.

Ressaltando aqui que é muito importante verificar a cor do líquido e comunicar a hora em que essa bolsa rompeu, para que os obstetras possam entrar com um protocolo, que evita infecção no bebê, no momento adequado. São informações que o acompanhante pode anotar para ajudar a grávida nesse momento de ansiedade. Vocês já podem combinar isso durante o pré-natal, fazendo com que a gestante se sinta mais acolhida, portanto, mais segura e tranquila para o momento do parto. 

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Compartilhe esta notícia

Mais postagens