“Sou negro de cor! Meu irmão de minha cor! O que te peço é luta, sim luta mais! Que a luta está no fim…Cada negro que for, mais um negro virá, para lutar com sangue ou não….Luta negra demais, para sermos iguais!” Wilson Simonal Tributo à Martin Luther King.
Domingo dia dos passeios, das tardes com a família, da visita aos avós.
Mas no domingo, lá em casa era um outro roteiro, eu costumava ligar a televisão, e trazer a imagem paterna, para almoçar conosco.
E ao contrário das outras crianças, a segunda feira, era o meu “domingo”, desenhado só para mim, com meu pai contando os lances de cada jogo em carne e osso.
Meu pai Dulcidio Wanderley Boschilia, queria ser goleiro, mas o destino preferiu que ele fosse árbitro de futebol. Engana se quem presume que ser árbitro, é bem fácil, que não exige dedicação e esforço. Está bem enganado. Árbitro de futebol não consegue ter torcida, nem a vida de glamour, por mais que faça assegurado por regras não se pode contentar à todos!
Mas imagino meu pai, como tantas crianças sonhando em ver de perto seus ídolos. …aqueles que são heróis e voando entre os sonhos.
Me perguntam….Sandra, por que você escreve?
Poderia até dizer milhões de razões verdadeiras, mas não a fundamental, a base de todo esse trabalho e empenho. Lendo a última entrevista do meu pai, ele uma vez perguntado, explicou que abandonara a profissão de Polícia Civil, e de advogado não iria mais exercer, não seria um bom Operador do Direito. Mas que seu sonho era escrever ….Tudo que a sua memória permitisse se lembrar….
Então, resolvi fazer isso, por mim e por ele.
E também à um persistente amigo que não desistiu de insistir, seu apelido “Raspinha”.
Mário Américo, o Homem das Mãos de Ouro, que foi o mais celebrado dos massagistas, esteve na Copa do Mundo de 1950, 1954, 1958, 1962, 1966, 1970, 1974.
Por 7 Copas do Mundo, o menino que chegou sozinho em São Paulo aos 8 anos de idade e foi ser engraxate, e depois lutador de Boxe, se tornou Um Símbolo de Competência e um grande amigo dos jogadores da Seleção Brasileira. Pelé foi carregado por Mário Américo nos braços, ao se lesionar, na Copa do Mundo no Chile. E os tempos eram bem outros, sem qualquer tecnologia e as massagens eram com sabão de coco.
Se eu escrever a “Patada Atômica”, talvez não se lembrem, se eu escrever “Riva”, alguém há de sorrir, e dizer já sei….Mas se eu escrever Roberto Rivelino, certamente será imediatamente lembrado por sua habilidade, sua visão de jogo e como peça fundamental na Copa do Mundo no México, onde lhe atribuíram o apelido de “Patada Atômica”.
Rivelino, rejeitado pelo Palmeiras, foi para o Corinthians e lá escreveu seu nome na história do Clube, como famoso camisa 10.
Parabéns à Cidade de Jau pelos 100 anos do XV de Novembro, o Galo da Comarca. Futebol Arte e Muita Raça, com importante história no Futebol do Brasil.
Queridos leitores, até domingo que vem…..
E me ajudem a lembrar dos bons tempos do futebol Arte e Amor à Camisa…