HORA DOS HOMENS SEREM CLÁSSICOS

Yuri Alberto

Os Clássicos são Clássicos e entram para a história por momentos memoráveis. Especiais! A música que resiste ao tempo, um autor e seu livro que são lembrados por gerações, uma pintura reconhecida por seu traço especial, um vinho de boa safra, um jogo de futebol que reúne dois grandes times da temporada.
Os grandes Clássicos esportivos e aqui trato do futebol, mobilizam as torcidas, agitam a imprensa, criam uma ansiedade diferente no ar e os mais antigos, saudosistas lembram dos grandes confrontos. Como esquecer? Não é mesmo! Gerações se tornaram torcedores e muitos grandes jogadores por pura admiração.
O famoso e para muitos inesquecível Corinthians e Ponte Preta de 1977, com meu pai Dulcidio Wanderley Boschilia no apito, uma grande decisão, um Campeonato Paulista aguardado pelo Corinthians por mais de 23 anos.
No Estádio Cícero Pompeu de Toledo, mais conhecido como Morumbi, na noite de quinta feira, do dia 13 de Outubro de 1977, dois times decidiam a Grande Final.
Clássico! A Ponte Preta com seus jogadores Carlos,
Jair Picerne, Oscar, Polozzi, Ângelo, Wanderlei, Marco Aurélio, Dicá, Lúcio, Rui Rei, Tuta e o técnico Zé Duarte.
Clássico! O Corinthians leva à campo, Tobias, Zé Maria, Moisés, Ademir, Vladimir, Ruço, Luciano, Vaguinho, Basílio, Geraldão, Romeu e o técnico Oswaldo Brandão.
Bom dizer que esse jogo foi tão importante, decisivo e visto por muitos brasileiros que em 1978, o técnico da Seleção Brasileira da época, Cláudio Coutinho convocou para defender as cores da camisa “canarinha”, o goleiro Carlos, e o zagueiros Oscar e Polozzi, do time da Ponte Preta.

Oscar Bernardi

Inquestionável o talento dos atletas, inclusive o Oscar por mais de uma Copa do Mundo, foi o melhor jogador em campo e homem de confiança da Seleção, por sua personalidade marcante e firmeza de caráter.
Com um gol memorável Basílio converte o anseio de todos os corinthianos em gol. Em 1977, o Corinthians ganhou o Campeonato Paulista depois de 23 anos na fila.

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Basílio

Nos dias atuais esses confrontos continuam sendo ansiosamente aguardados e com muito mais alarde.
Desde o Juíz de Futebol e seus dois bandeirinhas vestidos de preto, escolhidos à dedo e muita controvérsia durante boa parte da semana, e precisavam resolver os tais centímetros, os trancos mais fortes, a bola que entrou no gol ou não, os lances mais duvidosos na experiência, no “olhometro” em poucos segundos.
Época essa, acreditem, sem a tecnologia do VAR, e as linhas de paralaxe, o futebol possuía muito mais agilidade e um jogo muito franco e muito mais disputado. Afinal o Futebol é essencialmente um esporte de contato.
Corinthians X Santos na moderna Arena, um choque de reis e príncipe, de um lado Yuri Alberto com atuais 100 gols na carreira, uma verdadeira lei do ex, e muita dedicação para se provar e superar as dificuldades.

Rodrigo Garro

Um argentino, Rodrigo Garro, com habilidade e domínio nos passes, e excelente visão do jogo, um holandês, Memphis Depay, cada vez mais brasileiro que se identifica com o povo e toda a torcida por onde andar. Um time afinado, que marca gols tal qual uma pintura. E esta vencendo à si mesmo.

Memphis Depay

Do lado do Santos um técnico que precisa pensar fora da Caixinha e descobrir formas de extrair o melhor de seus jogadores, Guilherme o artilheiro do time, Tiquinho que veio do Botafogo, Soteldo o rebelde, bom de bola e o Menino Neymar, que não é mais menino, mas um principe, que precisa se provar, para o Santos, para a Seleção Brasileira, para a seus admiradores, mas principalmente para si mesmo. O Menino quer ser Rei. Mas precisa de ritmo e vontade.
Obrigada queridos leitores e até a semana que vem….
Com outros Clássicos do Futebol do Brasil.

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