Como você reagiria se ao chegar num lugar as pessoas te tratassem como se você fosse uma celebridade?
Lembro de um vídeo que circulou na internet, uma brincadeira onde pessoas comuns eram “escolhidas” por acaso para serem tratadas como famosas. Do nada surgiam seguranças, um séquito de fãs que gritavam, fotógrafos e jornalistas pedindo entrevistas.
Era divertido observar as reações assustadas, a cara de ponto de interrogação, afinal, o que estava acontecendo?
A pessoa pensava: acordei, lavei o rosto, escovei os dentes, tomei meu café e saí tranquilamente como faço todos os dias e de repente estou no meio de um caos?
Sair do anonimato é uma tarefa difícil, a maior parte de nós gosta de viver tranquilamente sem holofotes, mas tem a turma que paga para aparecer, que realiza saltos homéricos e empurra todo mundo só para sair numa foto ao lado de alguém importante.
Tenho uma amiga que é empreendedora social e ativista, aquele tipo low profile, com uma vida dedicada ao trabalho e pouco tempo para vaidade.
Fomos para um evento e aos poucos as pessoas chegavam e pediam para tirar uma fotografia com ela, uma chegou a dizer que ela é poderosa… minha amiga olhava para baixo e sorria, respondia que não, devia ser um engano.
Foi quando a interlocutora a olhou com firmeza e disse: – Aceita que dói menos! Estou falando sério, te admiro muito! Você é muito conhecida pelo seu trabalho.
É, a famosa síndrome da impostora entrou em ação… o incrível é ver pessoas sem conteúdo, mas com uma arrogância enorme se acharem uma sumidade enquanto outras com genialidade explícita possuem uma humildade avassaladora.
Lembrei que ouvi uma palestra do Edu Lira sobre um dos maiores medos das mulheres, o medo de brilhar.
Pode parecer absurdo, mas tem muita gente com medo de ser um sucesso, medo de se destacar e se transformar em farol, numa luz que guia o caminho.
Sim, nosso maior inimigo somos nós mesmas quando não conseguimos enxergar que podemos vencer, que podemos ocupar altos cargos de liderança, que podemos ser o que quiser.
Podemos escolher como viver, quem amar, o que fazer, decidir onde queremos chegar, independente do ponto de partida, podemos mudar a nossa história, virar a mesa, começar ou recomeçar, do nosso jeito e no nosso tempo.
Podemos envelhecer sem vergonha, dizer o que pensamos, encarando os medos e seguindo em frente.
Vale a pena deixar a modéstia de lado só por um minutinho, olhar para o espelho e dizer para si mesma: Vai e brilhe muito!
Segundo o dicionário, modéstia é a ausência de vaidade em relação ao próprio valor, às próprias realizações e exitos, é ser uma pessoa comedida e sóbria, admirada por sua compostura.
Que você siga brilhando, sem prepotência ou soberba, sem se achar superior, mas com modéstia e humildade.
Lilian Schiavo
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Imagem: Blog Cursos 24 horas
