Lilian Schiavo: O sol nasce para todas

Mulheres unidas jamais serão vencidas! Mexeu com uma, mexeu com todas! Uma mulher apoia a outra e nenhuma é deixada para trás.

Estas frases soam como um bálsamo para a alma, encorajam, apoiam e fortalecem.

Falam de mulheres que lutam por um lugar ao sol, que sofrem dores similares, que precisam ultrapassar obstáculos, pisos escorregadios, tetos de vidro e síndrome da impostora.

Tivemos que abandonar a ilusão do príncipe encantado para com firmeza tomar as rédeas da própria vida, sem depender de ninguém.

Percebemos que abraçamos as mesmas causas, vivemos o mesmo propósito, queremos ocupar cada vez mais espaços, ser quem e o que quisermos, quebrando barreiras e enterrando preconceitos.

Será que conseguimos? Será verdade que as mulheres praticam a sororidade, sem competir, criticar, falar mal pelas costas?

Uma palavra puxa a outra, então falar de sororidade é lembrar da empatia, de se colocar no lugar da outra pessoa.

Mas você sabe o que é compaixão? É a empatia somada a um gesto, uma ação.

É se colocar no lugar da outra e enxergar o mundo através dos seus olhos, da sua vivência, é entender, sentir e a partir daí agir.

Mas como agir? A ação pode ser movida por uma indignação e ser concretizada numa manifestação pública de repúdio ou uma denúncia de violência doméstica.

Você também pode agir ao se solidarizar com uma mulher que relata ser alvo de humilhação ou injustiça, nesse caso, puxe uma cadeira e ouça com atenção, até ela se esvaziar daquela história que ficou guardada por tanto tempo.

É preciso muita coragem para expor um abuso, mas já reparou o que acontece quando uma mulher resolve romper o silêncio?

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Outras mulheres que passaram por experiências similares e tiveram as vozes caladas passam a gritar em uníssono e despidas da vergonha revelam segredos que estavam escondidos.

O movimento é imparável, nós nos unimos numa rede, como se um imã nos impulsionasse para a mesma direção, todas abraçando a mesma causa.

Menos eu, mais nós… quando entendemos o significado de coletividade fica difícil enxergar só o próprio umbigo…  Erguemos a cabeça e passamos a olhar também para o entorno, identificando como podemos ser úteis.

Escolhemos ser voluntárias para participar de ações positivas de impacto social.

Somos guerreiras, resilientes, mulheres capazes de enfrentar furacões, escalar montanhas e voar.

O sol nasce para todas e nós somos aquelas que não tapam o sol com a peneira, então, se uma de nós brilhar vamos aplaudir e parabenizar; assim como, se uma estiver no escuro vamos abrir as janelas e deixar a luz do sol invadir sua vida.

O sol nasce para todas e você tem o seu lugar reservado, um espaço que é exclusivamente seu, com novas oportunidades, com um dia novinho em folha para você se reinventar e recomeçar.

 

Lilian Schiavo

**O conteúdo e informação publicado é responsabilidade exclusiva do colunista e não expressa necessariamente a opinião deste site.

Imagem: Credito Dolores Bordignon

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