Curiosamente os japoneses utilizam Fusuma – portas de papel em suas casas, hotéis, templos, castelos, casas de chá e ryokan (hotéis tradicionais japoneses). Geralmente as portas medem 90 cm de largura pôr 180 cm de altura, mesma medida de um tatame (Esteira de palha de arroz trançada usada como pisos e tapete nas casas japonesas).
Em templos e casas de chás essas portas se destacam por suas pinturas, decoradas com flores, paisagens, animais, natureza e desenhos representando partes da história mitológica japonesa são verdadeiras artes. Nos castelos os cômodos enormes acabam utilizando muitas fusuma formando um painel extenso por todo o aposento com a cor dourada em evidência destacando a riqueza nos detalhes, bastante explorado nessa arte e na cultura nipônica, algo deslumbrante.
As casas mais comuns o papel decorado normalmente é na cor branco com traços sutis de desenhos ou lisos sem decoração, destacando seu contorno pintado na cor preto e seus puxadores arredondados no mesmo tom deslizam de um lado para outro parecendo entrelaçarem uma na outra, pois devido o tamanho ser um padrão dependendo do tamanho do cômodo é usado mais de três portas para separar um ambiente do outro. Essa técnica também é bastante usada em guarda-roupa, otimizando o espaço com charme e elegância. Na privacidade sonora é um pouco constrangedora, tornando possível ouvir facilmente o que acontece dentro do cômodo. Eu acredito que possivelmente seja benéfica em casos de desastres de terremotos, pois são frágeis facilmente quebradas em uma situação necessária.
Diz a lenda que antigamente alguns artistas famosos se hospedavam em ryokan desenvolvendo pinturas belíssimas nos hotéis como forma de pagamento de suas hospedagens. Hoje em dia são poucos artistas que continuam a se dedicar a essa arte. Mas ainda é possível apreciar muitas delas por todo o Japão.
Espero que tenham curtido mais essa curiosidade nipônica.
Compartilhe, comente e siga as minhas redes sociais @vivendo_nojapão para ficarmos ainda mais conectados.
Até a próxima!
Sayonara
Márcia Sakumoto
Fotos: arquivo pessoal da colunista.
