Você já deve ter lido esta frase inúmeras vezes, provavelmente concordou, pode ser que achou óbvia…
Eu também pensava que era fácil, era só levantar da cama e ir para onde quiser, afinal, todas nós fazemos isso todos os dias.
Será?
Fazer parte de uma associação de mulheres tem me dado muitas oportunidades de reflexão e trouxe um novo olhar, uma nova percepção sobre a realidade.
Tudo começou quando comentei o retorno que recebi de uma empresa para uma amiga que trabalha na ONU Mulheres… então, o que parecia uma resposta banal para mim para ela tinha uma outra dimensão, era um preconceito velado, uma forma de discriminação, ela tinha certeza que se o pedido tivesse partido de um homem o resultado seria outro.
Pensei nas inúmeras vezes em que ao chegar numa reunião era a única mulher presente e não me importava com isso, encarava como normal, vai ver nenhuma quis aparecer por aqui hoje. Atualmente, me incomodo com o fato de não encontrar mulheres nas reuniões, presidências, conselhos e palestras.
Você repara se num congresso todos os palestrantes são homens? Será mesmo que nenhuma mulher seria capaz de fazer parte do time?
Outro dia estive num evento que concentrava boa parte do PIB brasileiro, haviam representantes de entidades patronais gigantescas e na hora em que se reuniram para a foto percebi que não havia nenhuma mulher no grupo.
Duvido que as mulheres não queiram ocupar cargos de liderança na política, ciências e tecnologia ou representar categorias econômicas, tenho certeza que existam muitas delas extremamente capazes para assumir sindicatos patronais, federações e instituições de relevância.
Leio artigos que ressaltam que ter mulheres nos comandos das empresas geram mais lucro e agregam valores positivos como inclusão e diversidade.
A justificativa é que nós somos mais assertivas, justas, intuitivas, prudentes, com alta capacidade de negociações e resolução de conflitos.
Muitas destas qualidades independem da escolaridade, fazem parte de nossas características intrínsecas.
Somos maioria na população brasileira, ocupamos mais de 50% dos bancos universitários, também somos maioria fundadoras e proprietárias das pequenas e médias empresas, então está mais do que na hora de efetivamente ocuparmos todos os lugares.
Uma pesquisa da Nielsen sobre o comportamento de consumo da brasileira apontou que em 96% dos lares as mulheres são responsáveis pela decisão de compras, normalmente é ela quem define a compra da casa, carro, local das férias da família, produtos alimentícios, cosméticos, limpeza e serviços.
Um amigo comentou que os 4% restantes provavelmente são lares de homens que moram sozinhos.
Costumo ouvir que o mundo é das mulheres, que o futuro está em nossas mãos, então precisamos caminhar nessa direção. Vamos nos unir cada vez mais, buscar conhecimento, aumentar a dose de coragem, ousadia e autoestima, aprender a não ter medo de desafios, saber que fracassos podem gerar sucessos, que os obstáculos fazem parte do caminho e o importante é seguir em frente, sem parar.
Se você é uma empreendedora ou empresária, comece a sonhar alto, pense em exportar seu produto, internacionalizar sua empresa, amplie suas conexões, olhe para um horizonte sem limites ou fronteiras.
Hoje vi uma reportagem sobre as mulheres longevas da Itália, elas tem mais de 100 anos e estão lúcidas, fortes e saudáveis, capazes de realizar as tarefas cotidianas e cercadas pela família numerosa, foram questionadas sobre o segredo da vida longa, a resposta foi um alegre sorriso de felicidade e gratidão.
Então, perguntaram para o médico local como ele explicaria essa longevidade e a resposta foi: as mulheres sempre viveram mais do que os homens, isso nós já sabíamos, aqui elas vivem mais de 100 anos e eu não entendo porque, só posso afirmar que na verdade as mulheres é que sempre foram o sexo forte! (Palavras de um homem).
Conclusão: nosso lugar é onde nós quisermos, onde conquistarmos.
Caso estiver difícil vale usar a força, enfie o pé na porta, derrube muros, construa pontes mas chegue lá, no lugar que você escolheu!
