Lilian Schiavo: Mulheres no comando

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Acredito que podemos revolucionar o mundo através de ações, disseminar ideias que mudem comportamentos, lançar provocações que te fazem refletir.

 

Um turbilhão de pensamentos foi causado por um cartão de visitas que recebi de uma empresária do ramo de cosméticos, uma jovem com voz ainda infantil que me passou a impressão de ter saído recentemente da adolescência. Ledo engano, quando ela começou a contar sua história percebi a força que ela possui, então, apesar da baixa estatura vi uma gigante diante de mim, seu cartão de visitas identifica que a empresa pertence a uma mulher, tem o logo Women Owned .

 

Ao procurar adquirir produtos ou serviços, alguma vez você se preocupou em saber se a empresa é de uma mulher? Quando você participa de uma reunião ou congresso você percebe se as mulheres estão em igual proporção?

 

Confesso que até pouco tempo atrás meu olhar estava anestesiado, achava normal ser a única ou a minoria, agora a primeira coisa que observo num congresso é se existe diversidade e inclusão, se um cadeirante ou deficiente visual consegue acessar o local, se estamos todos juntos e misturados em harmonia.

 

A ONU Mulheres tem um programa chamado “Ganha Ganha”: Igualdade de gênero significa bons negócios com o objetivo de permitir a participação plena e igualitária das mulheres na sociedade e foco no fortalecimento da liderança das mulheres nos negócios: aumento da participação na força de trabalho; trabalho decente; segurança de renda; empreendedorismo e autonomia e empoderamento econômico.

 

Já sabemos que somos a maioria da população brasileira, estudamos mais, definimos a escolha de produtos e serviços em nossos lares, somos falantes por natureza, ficamos amigas dos nossos clientes e fornecedores, olhamos nos olhos e precisamos aprender a utilizar o nosso networking para negócios.

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A maior parte das empreendedoras tem em média 39 anos, reza a lenda que quando nasce um bebê, nasce uma mãe e também um empreendimento. Com a maternidade as motivações que a impulsionam são: flexibilidade de horário, realização de um sonho, conciliar trabalho e família, necessidade financeira e um propósito, uma causa para abraçar. Estas lutadoras aprendem a duras penas que ao abrir o próprio negócio elas passam a trabalhar numa jornada quase ininterrupta, o esforço é muito maior, enfrentam desafios, escolhem o setor de serviços pois o investimento inicial é menor, começam sozinhas, sem sócios ou planejamento e vão aprendendo ao longo do caminho. Empreender é uma forma de sobrevivência para elas.

 

Na outra ponta encontramos as executivas que ocupam cargos de presidência ou CEOs, fundadoras de start ups, proprietárias de empresas, mulheres do agronegócio como exemplos de empresárias. São as mulheres que ocupam cargos de liderança, que às vezes se culpam por não estarem com a família, que se desdobram para exercer multifunções e questionam se todo o sacrifício vale a pena ou é hora de pivotar, de largar tudo e partir para a meditação.

 

Um estudo realizado em 2015 pelo Instituto Global McKinsey estimou que se as mulheres no mundo tivessem um papel idêntico aos dos homens nos mercados, haveria um aumento no PIB Anual Global de cerca de 26%, ou 28 trilhões de dólares americanos até 2025.

 

A conclusão é que a conquista desta igualdade será extremamente benéfica, ter mulheres no comando faz bem para todos!

 

“As mulheres têm que tentar fazer as mesmas coisas que os homens tentam. Quando falham, seu fracasso não deve ser outra coisa senão um desafio para todas as outras;” –  Amelia Earhat, pioneira na aviação nos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres, nascida em 24 de julho de 1897.

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