Márcia Sakumoto: Akihabara, eletrônicos e cultura nerd em Tóquio

Akihabara ou akiba é uma província do bairro de Chiyoda, em Tóquio que mais parece uma cidade de eletrônicos, onde encontramos a maior loja de eletrônicos do mundo com sete andares e milhares de outras lojas verticais que alucinam qualquer nerd. Imagine muitos prédios, ruas lotadas de pessoas e uma barulheira ensurdecedora de equipamentos ligados, além de muitas luzes piscando para chamar nossa atenção.

Entre toda essa festa que é akihabara encontramos em frente as lojas cosplayers, personagens de animes, robôs divertindo e disputando a atenção dos turistas. Uma mistura de 25 de março com Santa Efigênia, ruas famosas de São Paulo conhecidas pelo intenso fluxos de pessoas e vendas de produtos eletrônicos porém por aqui os preços não são tão atrativos, no Japão ainda me parece que o mercado de produtos de segunda mão (usados) são mais compensadores, afinal  diversas lojas costumam trabalhar ofertando os dois formatos no mesmo espaço deixando a avaliação do cliente decidir, já que esse nicho é bastante inovador. Todos os domingos dás 13:00 às 17:00 na avenida principal o trânsito é interditado para alegria dos consumidores e lojistas, facilitando a movimentação.

O desenvolvimento desse lugar iniciou no período EDO, Japão antigo, onde samurais de classe baixa, artesãos e comerciantes viviam na região. Na área aconteciam muitos incêndios na época, por isso em 1869 o governo Meiji determinou como área de extinção, transformando a região em um santuário chamado Akiba, foi uma homenagem para a divindade que controla o fogo. Essa região em torno dele passou a ser conhecida como Akibagahara somente mais tarde, Akihabara. Em 1890 com a chegada da estrada de ferro foi inaugurada a estação ferroviária de Akihabara. Após a guerra do pacífico por vender peças para rádios estendeu o comércio de atacado e varejo de eletrônicos, nesse tempo já era conhecida como a cidade dos eletrônicos. Em 1955 com os eletrodomésticos tornando-se o símbolo de riqueza pelo mundo, o crescimento foi inevitável e abundante. Em 1964 Akihabara ganha seu primeiro arranha-céu. Em 1966 o Japão é a segunda potência econômica do mundo e Akihabara estava conhecida mundialmente contribuindo para o crescimento industrial e varejista devido as exportações. Nos anos 90 a cidade elétrica explodia em produtos para computadores, mas foi quase no início dos anos 2000 que o mercado de games e animes invadindo entusiasmados Akiba e o mundo, a cultura OTAKU (público que gosta de animes, games e gosta de comprar produtos relacionados aos mesmos) ocupa grande parte das ruas do bairro ditando tendências nerds para o mundo todo. As ruas de Akihabara são cobertas de animes, mangás, cosplayers e principalmente maid café panfletando eventos e diferentes tipos de serviços para atrair os apaixonados ou curioso por esse estilo.Hoje o lugar não se concentra apenas em vendas de produtos, trabalha também venda de serviços como os maid café que proporciona experiência diferenciada, em servir o cliente como um rei, uma garçonete vestida de empregada servindo-o, cantando, dançando, distraindo e mimando o cliente. Há também pachinkos (espécie de cassinos onde as apostas são com fichas), fliperamas, games, karaokês, restaurantes temáticos e eventos e convenções para fãs da cultura otaku.

O número de turista em Akihabara é bastante grande por isso o governo está sempre estudando melhorias, afinal acho possível passar uns vinte dias hospedado em Akihabara e ainda sim, não conseguir conhecer tudo o que esse lugar tem para oferecer. O bairro está na rota turística de Tóquio fazendo parte do roteiro de consumidores, apreciadores e curiosos. 

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Até semana que vem com mais Japão!

Beijos

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