Márcia Sakumoto: Games Centers do Japão

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No país da tecnologia não poderia faltar esse assunto GAMES, assim como não faltam nos centros urbanos e shoppings os games centers, algo como os fliperamas do Brasil, é um dos entretenimentos mais frequentados do Japão desde seu surgimento.

Quando estive no Japão nos anos 90 era uma das nossas maiores diversões ir ao game com os amigos, programa bem nipônico.

Naquele tempo tudo já era muito avançado aos nossos olhos, com instalações enormes, chegavam ocupar vários andares de um edifício com jogos de personagens clássicos e nos distraíamos bastante. Carros de corridas do Mario Bros, combates de lutas no Street Fighter, máquinas de garra pegando personagens de pelúcia, além das fotinhos tiradas nas cabines das máquinas de mini fotos instantâneas adesivas.

Os games centers a princípio são lugares ensurdecedores, muito barulhentos, normalmente lotados com várias máquinas de variados jogos eletrônicos em volume alto. Nesses centros de jogos cada partida é liberada após depositarmos uma moeda de 100 ienes para iniciar a jogada, caso você queira continuar jogando terá que ir depositando moedas, e mais moedas.

Hoje com a evolução tecnológica os games centers são bem menores que antigamente, mas se mantém com novidades, os jogos evoluíram, as máquinas são mais elaboradas, novos jogos de armas foram introduzidos, as cabines de fotos (Puri Kura) têm agora as impressões digitais autoadesivas com editores livres para usar e abusar nas imagens com muita criatividade, algumas até com efeitos de ampliar o tamanho dos olhos deixando-os mais arrendondados igual a personagens de mangá. Se preferir guardar a recordação como foto também é possível, pagando um pouco mais. Através do aplicativo a foto vem em tamanho normal.

As máquinas de carros de corrida parecem carros de verdade com volantes, pedais e câmbios. Auto falantes produzem sons realistas e vibrações nos movimentos das cadeiras te levando praticamente para dentro da tela. Algumas liberam cartas a cada crédito conquistado onde aumentam a opções de escolha dos personagens e liberam mais vantagens, essas cartas podem também ser compradas ou trocadas com os amigos.

Algumas máquinas que precisam de cartas, outras liberam cartões durante a partida, outras cartas funcionando como cartão de memória registrando a evolução dos jogadores, além das mais atuais onde o jogador interage em telas 3D e uma mesa na qual a dinâmica da posição das cartas no campo de batalha é o desafio com a inteligência artificial, fazendo jogadores gastarem com cartas e partidas e mais moedas.

Jogos com músicas e instrumentos musicais são um super sucesso, pois são mais interativos. O Taiko, instrumento de percussão, é o tradicional tambor japonês usado em apresentações festivais, cerimônias e teatro, sua presença é confirmada e disputada.

O Dance Revolution e o Guitar Hero também são bastante disputados. UFO Catchers são as grandes e desafiadoras cabines transparentes com produtos expostos, onde apanhadores em forma de garras guiadas por botões externos abaixam e levantam tentando agarrar brindes como pelúcias, doces, bonecos e bonecas, até eletrônicos. Podemos agarrar depois de muitas tentativas, habilidades e moedas.

Os jogos esportivos são bastante disputados com direito a escolher celebridades favoritas para representar, inspirado nos jogadores de basebol, futebol, tênis, basquete entre outros.

Além dos jogos de crianças mais inocentes, há um lugar reservado para adultos ‘‘apostadores’’, não adultos brincalhões!

No Japão são proibidos jogos de azar, assim como apostas em dinheiro são ilegais, por isso para garantir uma partida de slot (caça-niqueis) ou brincar em máquinas que simulam corridas de cavalos são usadas fichas fictícias que compramos para colocarmos nas máquinas e jogarmos. Se você conseguir tirar fichas da máquina poderá trocar por brindes, assim tudo é visto como diversão e brincadeira.

Atenção: esse mundo realmente encanta crianças, jovens e adultos, mas precisa ser visto como diversão com limite, pois pode destruir sua vida caso não use com moderação. Apesar de ficar em funcionamento todos os dias das 10 h até quase 00 h, menores de dezoito anos não podem permanecer no local após as 20 h. Ao decidir frequentar esses estabelecimentos aproveitem para passar valores e cuidados aos filhos, é de pequeno que se aprende, pois infelizmente a diversão inocente pode se tornar uma atração perigosa. Vale dizer divirta-se com moderação.

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Até semana que vem com mais Japão!

Sayonara

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