Ao escrever o livro Alice no País das Maravilhas, em 1866, Lewis Carroll criou o personagem do Coelho Branco, um coelhinho que corre o tempo todo com um relógio na mão, dizendo que está sempre atrasado, e mesmo quando sua casa está quase toda destruída e incendiada, continua correndo e dizendo que está atrasado. Corre o tempo todo para lugar nenhum e está sempre atrasado para nada.
Muitas pessoas fazem isso em seu dia-a-dia: correm, correm e, ao término do dia, nada acrescentaram ou ganharam em sua vida. Mesmo assim ainda estão correndo, verdadeiras generalidades ambulantes.
A baleia é a rainha do mar, um mamífero majestoso. Tem liderança, sabe unir o grupo, não se perde em seu mundo, mas também é uma generalidade ambulante, pois não tem senso de direção. Apesar de todas essas qualidades, muitas morrem atoladas nas praias – nadam, nadam, nadam e morrem na praia. Um exemplo disso: em 29 de outubro de 1998, numa pequena ilha da Nova Zelândia, trezentas baleias encalharam na praia e terminaram morrendo, por não terem senso para definir a profundidade de onde estavam.
Muita gente nada, nada, nada e também morre na praia por ser uma generalidade ambulante, pois vive sem senso de direção.
Para não ser vítima dessa síndrome, que tem deixado muitas pessoas no mesmo lugar, apesar de andarem muito, é necessário conhecer e praticar alguns princípios através dos quais um futuro é construído.
Não seja uma generalidade ambulante.
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César Romão
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