Paty Moraes: A “beba doida” e o sumiço do malandro

Inspirada pela maravilhosa campanha do Carnaval do Recife, resolvi contar a história da noite de uma certa “beba doida”. Uma mina como eu e algumas de nós, que, um dia, tomou umas a mais e caiu na lábia do cara errado. Puro vacilo que não cometo há uns bons anos (melhor deixar o tempo exato pra lá, rs).

E o que diz a campanha que está fazendo tanto sucesso? “Ela tá beba doida? Ofereça ajuda, não se aproveite”.

Mas, dessa vez, não foi o que aconteceu. A amiga bebeu demais e o cara, que também não estava lá essas coisas, não pensou duas vezes: é hoje! Ela também garante que quis ver no que ia dar. “Já tem algum tempo que não saio com ninguém, que mal pode haver?”

Eles mal se conheciam, começou com aquela pegação de madrugada de Carnaval e, no fim, acabaram em um hotel bacana (isso mesmo, um hotel!).

E a extravagância para por aí mesmo! A noitada teve champanhe, sexo ruim e química péssima. Também, pudera! Cair na lábia de alguém quando se está muito longe da sobriedade é, na maioria esmagadora das vezes, dar sorte para o azar!

E o pior ainda estava por vir. Na manhã seguinte, a amiga “beba doida” acordou na maior ressaquinha moral e física. Uma dor de cabeça, uma sensação de “não sei o que fiz, mas não pode ter sido coisa boa”. A aparente interminável viagem do espaço ao planeta Terra dura alguns minutos até ela se tocar que… ele sumiu.

– O cara foi embora? O cara foi embora sem falar comigo? Ele pode ter tentado me acordar sem sucesso! Mas não deixou nem um recado? FDP!

Ela ligou na recepção e, ufa!, pelo menos o tal havia pago a conta. Depois disso, foi automático deitar a cabeça do travesseiro e prometer pra si mesma, repetindo em alto e bom som: “Nunca mais, meu, nunca mais”.

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