Ro Andrioli: A curiosa e singular guarda do Papa

Quem visita o Vaticano, se encanta com os coloridos uniformes da guarda Suíça, ou “guarda do Papa”.

A guarda mais fotografada do mundo, possui uma história e não existe apenas para embelezar o Vaticano.

 

Lembro-me de uma frase que minha nonna dizia e que explica muito bem a necessidade desta guarda : “morto un Papa se ne fa un altro”, que na tradução literal significa, morto um Papa, elege-se outro.

Na verdade, muitos eram os motivos para desejar o poder papal. Por isso o Papa precisava de proteção.

 

Na história do papado muitos papas foram odiados por seus súditos e pelo próprio clero, resultando em destituições e mortes. Podemos citar o Papa Alessandro VI, ou Papa Borgia, pai da famosa Lucrécia Borgia, já citada aqui em um texto de nossa coluna.

 

Mas vocês devem estar se perguntando porque a guarda do Papa é Suíça? Para compreender melhor, devemos retornar ao período do Renascimento, quando o Papa Giulio II em 1506, convocou a guarda para proteger o Vaticano. A guarda foi escolhida por ser considerada invencível, corajosa e de sentimentos nobres.

 

 

Em 1929, quando o Vaticano virou um Estado, a guarda suíça virou seu exército oficial. Durante a segunda guerra mundial o contingente chegou a ter 300 soldados, para garantir não somente a segurança no novo Estado, como também para acudir a população civil que buscava refúgio nas dependências do Vaticano.

 

Esses soldados são recrutados rigorosamente, e prestam um juramento levantando os três dedos da mão, símbolo da Santíssima Trindade, durante a cerimônia de juramento de defesa do Papa até a morte se for preciso.

 

Tornar-se um soldado da Guarda Pontifícia não é uma tarefa muito simples. Há uma rígida seleção. Primeiramente é preciso ser católico, pois devem participar todos os dias das diversas celebrações litúrgicas no Vaticano. É necessário ter a cidadania suíça em honra aos 108 suíços que morreram na batalha de 1527.

 

 

Somente homens são admitidos, com boa saúde física e psicológica. Os soldados devem ser solteiros, mas os oficiais, sargentos e cabos podem ser casados. Todos devem dormir no Vaticano.

 

Quanto ao colorido uniforme, diz a lenda que os uniformes teriam sido desenhados por Michelangelo, mas fontes seguras afirmam que o foi desenhado por Jules Répond, então Capitão da Guarda. É de uma malha de cetim, nas cores azul-real, amarelo-ouro e vermelho-sangue. O capacete é ornado com uma pluma de cor vermelha e as luvas são brancas. É um uniforme elegante que simboliza a nobreza e o orgulho de servir ao Sumo Pontífice.

 

Para alguns deles pertencer a este Corpo de Guarda limita-se a um período de tempo, para outros prolonga-se até se tornar opção para toda a vida, sempre com coragem e fidelidade.

 

Atualmente a guarda suíça é composta de 6 oficiais, 26 suboficiais e 78 soldados, segundo a Wikipedia.

 

Para conhecer mais sobre a guarda suíça, você pode visitar o site oficial em http://www.guardiasvizzera.va/content/guardiasvizzera/it/guardia.html

 

Ou ainda: http://cleofas.com.br/a-historia-da-guarda-suica-do-papa/

 

Espero tenham gostado! Semana que vem, tem mais! Buona domenica a tutti!

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