César Romão: Temos de fazer a nossa parte

nossa parte

Ao passar por um homem cego, Jesus explica que nem o homem nem seus pais pecaram para que isto acontecesse com o homem, mas que ele poderia ser um instrumento para a obra de Deus. Então Ele cuspiu na terra, e com a saliva fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. E disse-lhe: “Vai, lava-te no tanque de Siloé”. O homem o fez e voltou curado.

 

Jesus poderia com certeza apenas ordenar a cura com a imposição de suas mãos e certamente o homem estaria curado, mas onde estaria o valor desta cura para este homem se ela não tivesse um contexto, algo que pudesse ser real para ele e que ele sentisse na pele a força divina atuando, mesmo por um punhado de barro. O homem nem precisaria ir até o tanque de Siloé, mas foi ordenado para tal, este homem tinha que fazer sua parte para a cura ser completada, ele tinha de mostrar sua fé naquele barro e no Homem que tinha a sua frente.

 

Embora não tenha sido nem o barro, nem o tanque de Siloé que promoveu a cura, eles foram um contexto usado para fortalecer a crença do homem que ela poderia acontecer se ele fizesse sua parte. Caso ele não tivesse feito a sua parte que era ir até o tanque e lavar-se embora confiasse em Jesus, talvez sua cura não se desse. Deus sempre precisa de nossas mãos para dar o nó na corda que nos guiará para longe de nossas adversidades. Ele não faz tudo sozinho e quando temos percepção disto podemos sintonizar seu poder com nossa vontade de Tê-lo atuando em nossas vidas.

 

Os passos rumo ao tanque de Siloé precisam ser dados com nossas pernas, à retirada do barro em nossos olhos precisa ser feita com nossas mãos. Fazemos parte das obras de Deus, mas temos nossas dádivas que nos esquecemos de usar e nos escondemos atrás de um frágil sentimento de inércia quando se nos entregarmos aos Seus desígnios e caminharmos por onde Ele nos ordena, seremos fortes e nossos olhos nunca mais se desviaram de nossa missão.

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