Andrea Ignatti estreia coluna “Só Esporte”!

“O esporte tem o poder de mudar o mundo. Tem o poder de inspirar, tem o poder de unir as pessoas de uma forma que poucas outras coisas conseguem”.

do ex-presidente da África do Sul, Prêmio Nobel da Paz em 1993,
Nelson Mandela

Fui daquelas crianças que, em dias de aula de Educação Física, ficavam bem felizes quando chovia — porque sabia que as atividades seriam na sala de aula e não haveria nada muito parecido com esforço físico. Quando saí da capital paulista e me mudei para o interior, já adolescente, andar de bicicleta era a única, regular e provável atividade física sobre a qual nunca fiz queixas. Modéstia à parte, aprendi handebol e minha memória não apaga as boas defesas que fiz no gol. De vôlei e basquete, oras, o que eu aprendi de verdade — de corpo, alma e coração — foi a admirar a Geração de Prata e a NBA, desde Michael Jordan e os Globetrotters que, em algum momento, apareceram na minha vida, mesmo que em desenho animado.

Quanto ao futebol, eu já não sei se é a gente que escolhe ou se é ele que escolhe a gente. Vez ou outra, ainda ouço adultos bem adultos dizendo que não torcem para time algum, mas que amam assistir à Copa do Mundo. Ou vice-versa. Ouço também quem desiste do time ou da Seleção no meio do caminho…

Mas o que vejo sempre é garoto bater bola em terra batida, em campinho onde tem mais mato do que grama, de chinelo ou descalço, e que, apesar de todos os pesares, sonha o mesmo sonho que meu tataravô deve ter escutado algum outro garoto de sua época contar: ser jogador de futebol, ganhar muito dinheiro pra ajudar a família, jogar na Seleção Brasileira.

Com a alegria que o esporte proporciona, com algum sonho que não se perdeu no caminho duro do esporte de alto rendimento,  com as histórias paralelas do indivíduo e do atleta que escolheram o esporte para suas vidas, é que eu vou estar presente aqui, escrevendo às quintas e às segundas-feiras.

Conto com a companhia de vocês! Até segunda!