Você deve conhecer alguém que não gosta de comemorar o próprio aniversário. Meio melancólico, meio solitário ou meio indiferente. Mas também conhece quem adora estar rodeado de amigos nesse dia, nem que seja pra colocar um bolo na mesa e conversar. Festa-surpresa também vale, mesmo que o aniversariante chegue a desconfiar dos preparativos. Comemorar é a alegria maior.
No mundo do esporte, os veículos de comunicação sempre publicam mensagens no dia do aniversário de atletas de todos os países, de todo o universo desportivo, por meio de seus websites e redes sociais. Sabe o que há de especial nisso? Comemorar a vida.
[Sim, a data de nascimento até mesmo dos esportistas já falecidos é lembrada: história de vida, história profissional… mas ainda é outra história.]
Com 48 anos de basquete na mochila (e que mochila pesada é essa!), títulos e medalhas, o nosso reconhecido jogador Oscar Schmidt comemorou, no último 16 de fevereiro, os 61 anos de vida com uma homenagem intercontinental. A marca norte-americana que produz e fornece as bolas para a NBA, a Euroliga e a Seleção Brasileira, junto com a Confederação Brasileira de Basquete, lançou uma bola em edição limitada e alusiva ao número que Oscar usou na camisa durante sua carreira — 1.414 unidades.
Presente de aniversário? Celebração pela vida!
Primeiro, porque receber homenagens e belas palavras depois que a gente morre é algo que, literalmente, só fica pra quem fica. A vida é hoje, é agora, e a alegria de viver é boa demais quando compartilhada. Depois, existe tanto desdém, tanta crítica bombando nas redes sociais que, quando surge um motivo de festejar, a gente tem que aproveitá-lo plenamente.
É pela fama? É pela vida. É bem certo que o esporte permite um maior reconhecimento público, mundial. Mas a vida é que tem o maior valor nisso tudo. A vida, como bem define a escritora norte-americana Julia Child, “é a mais bela das festas”.
*Foto: Edu Viana (Agência Futpress)