O leitor já ouviu a expressão “A lanterna de Diógenes”? É usada como símbolo da procura de homens honestos. Diógenes foi um filósofo grego e um dos fundadores da filosofia cínica. Nasceu em Sinope, possivelmente em 404/412 a.C., na Turquia, e morreu em 323 a.C., em Corinto, na Grécia. Exilado de sua terra natal, passou a viver em Atenas, onde criou um estilo próprio de vida, criticando os valores sociais e as instituições, acreditando-as corruptas. O termo cínico, aqui, diferentemente do sentido do senso comum, representa uma filosofia de vida que acreditava-se isenta das regras de pudor criadas pela sociedade.
No entanto, Diógenes criou um estilo de virtude da pobreza – passou a viver dentro de um grande vaso de barro instalado em via pública. Porém, o ponto alto da sua história é que ele andava pelas ruas, durante o dia, carregando uma lanterna e dizendo estar à procura de um homem honesto. Esse é o significado do símbolo de “A lanterna de Diógenes”.
O fato foi tão marcante, que virou história.
Curiosamente, no Brasil, infelizmente, honestidade virou sinônimo de qualidade ou virtude e não obrigação do cidadão, ou seja, invertemos completamente os valores.
O famigerado “jeitinho brasileiro” se encorpou, passando a ser “aceito”, de alguma maneira, como forma de esperteza e sucesso. Quantas vezes você já foi ao shopping e viu um carro estacionado em vaga para idosos ou deficientes?
Com o tempo, pequenos deslizes passaram a ser considerados justificáveis.
Os conceitos de ética e moral também foram sendo alterados em nosso país.
Os departamentos de recursos humanos de algumas empresas, nos processos de seleção, têm avaliado a honestidade dos candidatos. Entendo que honestidade não se mede em graus. Ou é correto ou não é. Não vejo espaço para margem de erro.
E você, como pensa?
Na semana que vem tem mais! Até lá!