Estamos preparando um grande evento internacional e a programação foi pré definida, portanto, como num jogo de quebra cabeça fomos adequando as peças, buscando palestrantes com grande expertise.
Óbvio que a tarefa não foi fácil e tivemos que formar uma rede de informações… para dizer a verdade, foi uma experiência muito gratificante pois pudemos ver o quanto as pessoas são generosas e colaborativas. Se você pensa que vive num mundo competitivo, onde um puxa o tapete do outro devo te dizer que provavelmente você vive num mundo paralelo ao meu, pois recebi ajudas valiosas.
Segundo passo, uma reunião para falarmos sobre um dos temas: economia criativa.
Como imaginava, me deparei com duas jovens ativistas, inteligentes e questionadoras, mentes brilhantes e postura com tanta modernidade que me fizeram sentir um dinossauro, a bem da verdade, um animal em extinção. Calculo uma diferença de pelo menos 30 anos de idade entre nós.
Começamos questionando o propósito de cada uma, como seria o formato do evento, qual o público alvo, quanto tempo de explanação, seria um painel?
Segundo a Wikipedia, economia criativa é o setor econômico formado pelas indústrias criativas (o conjunto de atividades econômicas relacionadas a produção e distribuição de bens e serviços que utilizam a criatividade e as habilidades dos indivíduos ou grupos como insumos primários).
Na prática, são pessoas que “inventam” uma solução criativa ou detectam um novo nicho de mercado.
Então, ao dividirmos nossas histórias, percebemos que apesar de aparentemente tão diferentes, temos muitos pontos em comum, nós 3 éramos consideradas as “ovelhas negras” da família, aquelas que fugiram do destino pré estabelecido e escolheram outros caminhos, as 3 fizeram 2 faculdades e pós graduações mas resolveram inovar e trabalhar numa função que não existia.
As semelhanças foram superando as diferenças e ao contar nossas vidas percebemos que independente da idade, da cidade, do país, somos feitas dos mesmos sonhos, esperanças e coragem.
Neste evento receberemos empresárias de vários países, com costumes, hábitos e idiomas diferentes mas formamos uma única colcha de retalhos onde em alguns pontos estamos unidas.
Superamos barreiras, conquistamos espaços, tivemos momentos de solidão e dor, comemoramos vitórias, choramos escondidas num cantinho, reaparecemos com um sorrisão no rosto, engolimos sapos e dragões e no final temos a certeza que tudo vale a pena.
Prepare-se para ouvir as pessoas pedindo para você desistir, para admitir que não é capaz, vai ter gente dizendo que você está com megalomania, que milagres não existem, que você não tem competência nem foco, mas a verdade é que a torcida contra vai ser gigantesca mas siga em frente, confie, lute e persista!
“Primeiro eles te ignoram, depois riem de você, depois brigam, e então você vence.” Mahatma Gandhi